Após queda nas ações, Petrobras perde R$ 75 bilhões em valor de mercado

Com a queda registrada nesta segunda-feira, 22, a estatal soma uma perda de R$ 100 bilhões nas últimas duas sessões

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2021 20h37 - Atualizado em 22/02/2021 20h54
Agência Petrobras/Geraldo Falcão Logo da petrobras escrito em azul em uma plataforma. Na foto, só enxergamos uma parte do edifício Ações de Bolsonaro contribuíram para perda de valor da estatal

Ainda sentindo a troca na presidência feita por Jair Bolsonaro (sem partido), a Petrobras sofreu uma nova queda nas ações e perdeu quase R$ 75 bilhões em valor de mercado nesta segunda-feira, 22.  A estatal perdeu mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado desde sexta-feira, 19, quando Bolsonaro anunciou que o general Joaquim Silva e Luna seria o novo presidente da empresa, substituindo Roberto Castello Branco. Na ocasião, a perda foi de quase R$ 28 bilhões. Com isso, o valor da Petrobras fechou o primeiro pregão desta semana em R$ 278 bilhões, mostrando uma queda de 27% em relação aos R$ 383 bilhões registrados na quinta-feira, antes do anúncio de Bolsonaro.

As ações ordinárias da empresa fecharam a segunda em queda de 20,48%, enquanto que as ações preferenciais recuaram 21,51%. Na sexta, primeiro dia de queda, as ações ordinárias fecharam o pregão em queda de 7,92% e os papéis preferenciais caíram 6,63%. A queda da Petrobras fez com que o Ibovespa também fechasse o dia em baixa. O principal índice da Bolsa de Valores Brasileira fechou a segunda com diminuição de 4,87%, aos 112.667. O dólar também fechou o dia com alta de 1,2%, sendo cotado a R$ 5,453, chegando a bater a marca de R$ 5,533.

No sábado, 20, Bolsonaro criticou a gestão de Castello Branco e afirmou que novas mudanças ocorreriam nesta semana. Ele também afirmou que o valor da gasolina poderia estar 15% mais barato se os órgãos de fiscalização “estivessem funcionando”, antes de citar a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia, a Receita Federal, “que tem que ver nota fiscal, e não vê”, e o Inmetro. “São outros órgãos que ninguém nunca se preocupou em fazer absolutamente nada. Quando há aumento de combustível, o pessoal aponta e atira no presidente da República. Isso vai começar a mudar, começou a mudar. Temos que tirar quem está na frente da Petrobras”, apontou o presidente.

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