Balança comercial tem superávit de US$ 7 bilhões em junho, diz FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/07/2017 11h08 - Atualizado em 12/07/2017 11h10
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O volume das exportações cresceu 15,6% em relação a junho de 2016, enquanto o total importado avançou 0,9% no período

O superávit da balança comercial em junho foi de US$ 7 bilhões, segundo os dados do Indicador do Comércio Exterior – Icomex, divulgado nesta quarta-feira, 12, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O novo índice, que foi antecipado por meses pelo Broadcast, entrou no calendário mensal da FGV este ano. O objetivo é contribuir para a avaliação do nível de atividade econômica do País, por meio da análise mais aprofundada dos resultados das importações e exportações.

O volume das exportações cresceu 15,6% em relação a junho de 2016, enquanto o total importado avançou 0,9% no período.

O desempenho das exportações foi puxado pelas commodities, que registraram aumento de 22,5%. Por atividade econômica, as maiores variações no volume exportado foram da indústria extrativa (54%) e da agropecuária (24%). Na indústria de transformação, o crescimento foi de 6%, com destaque para os bens de consumo duráveis, que tiveram aumento de 50% puxado pelo setor automotivo.

A indústria extrativa também liderou o volume importado em junho, com alta de 35%, explicada pelas compras de petróleo. O volume importado da indústria de transformação cresceu 3% na comparação com junho do ano passado.

O indicador mostrou ainda tendência de queda na importação de bens de capital, que compõem a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF): o recuo foi de 54% ante junho de 2016. No acumulado do ano, a importação de bens de capital diminuiu 14%.

Os resultados de junho mostram queda acentuada da importação de bens de capital, 54% em relação a junho de 2016, o que sugere que a recuperação da taxa de investimento na economia ainda está muito distante”, avaliou Lia Valls Pereira, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O crescimento da produção agropecuária puxou a compra de bens intermediários para o setor, com crescimento de 74% no acumulado do ano até junho. Já os bens intermediários utilizados na indústria de transformação tiveram aumento de 20% no acumulado do ano até junho.

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