Banco Central faz segundo leilão de dólares no dia após moeda americana bater em R$ 6,20
BC, que já havia usado este expediente na segunda-feira, injetou US$ 3,287 bilhões no mercado de câmbio nesta terça; instabilidade no câmbio é impulsionada pela desconfiança em relação à política fiscal do governo
O dólar iniciou o dia em alta nesta terça-feira, alcançando a marca de R$ 6,20. A moeda norte-americana tem registrado novos recordes, apesar das ações do Banco Central (BC) para limitar sua valorização. Para enfrentar essa situação, o BC promoveu dois leilões extraordinários, totalizando US$ 3,287 bilhões, sendo o primeiro de US$ 1,2 bilhão e o segundo de US$ 2,015 bilhões, superando o recorde anterior de US$ 2,175 bilhões. A instabilidade no câmbio é impulsionada pela desconfiança em relação à política fiscal do governo.
Além disso, as declarações do presidente Lula sobre a elevação da taxa Selic têm gerado pressão sobre os juros futuros. O BC destacou que a reação do mercado ao novo pacote fiscal complicou o cenário inflacionário. “Nota-se que tanto o prêmio de inflação extraído dos instrumentos financeiros quanto às expectativas de inflação se elevaram no período, tornando o cenário de inflação mais adverso e requerendo uma política monetária mais contracionista”.
Na segunda-feira (16), o Banco Central já havia injetado US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio — uma oferta programada de US$ 3 bilhões e uma intervenção à vista de US$ 1,6275 bilhão, o maior volume desde 2020. Apesar dessa intervenção, o dólar fechou a R$ 6,091, marcando o maior valor nominal já registrado. As ações do Banco Central têm como objetivo minimizar disfuncionalidades nas operações de câmbio e permitir que a moeda flutue de acordo com as condições do mercado.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias
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