Bolsa cai 1,45% e chega a pior pontuação desde novembro de 2020; dólar sobe para R$ 5,23

Possibilidade de recessão na economia mundial e riscos fiscais influenciam no humor dos mercados nesta quinta

  • Por Jovem Pan
  • 23/06/2022 18h44
Mohamed Abd El Ghany/Reuters Homem mexe em calculadora; ao seu lado há uma pilha de dólares Dólar sobe e supera patamar dos R$ 5,20

O índice Ibovespa, o principal da Bolsa de Valores de São Paulo, teve queda de 1,45% nesta quinta, 23, no que foi o terceiro dia consecutivo de baixas. O pregão fechou o dia em 98.080,34 pontos, o pior nível desde 4 de novembro de 2020, quando terminou o dia com 97.866 pontos – desde a última sexta, 17, está abaixo do patamar dos 100 mil. A principal razão é o temor de uma recessão na economia global, com reflexos principalmente para commodities, que veriam sua demanda cair – apesar da subida no preço internacional do minério de ferro, as ações da Vale, por exemplo, tiveram queda de 3,65% nesta quinta. Papéis de outras empresas que produzem bens agrícolas e minerais também tiveram queda. Riscos domésticos à economia brasileira, como questões fiscais para combater o aumento no preço dos combustíveis e aumentar o Auxílio Brasil, também afetaram a situação.

O dólar teve alta de 1,02% e fechou o dia cotado a R$ 5,23, o valor mais alto desde 11 de fevereiro, quando era avaliado em R$ 5,24. A perspectiva de juros maiores nos Estados Unidos, a partir do depoimento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano) na quarta, 22, ajuda a fortalecer a moeda do país frente ao real. O risco fiscal também é considerado, e leva os investidores a ter mais cautela e buscar mais segurança em ativos em outros países.

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