Brasil cria 1,5 milhão de empregos formais em 2023, o menor índice desde a pandemia 

Setor de serviço puxou o resultado com mais de 800 mil postos de trabalho; São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram os melhores resultados, enquanto o Acre apresentou o pior desempenho

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2024 16h08 - Atualizado em 30/01/2024 16h21
lanalima/Pixabay Duas carteiras de trabalho do Brasil lado a lado em uma mesa Resultado de 2023 representa uma queda de 27% em relação ao ano anterior

O mercado de trabalho formal no Brasil registrou um saldo líquido de 1,48 milhão de carteiras assinadas em 2023, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho. Esse número representa uma queda de 27% em relação a 2022, quando foram criados 2,037 milhões. Esse foi o menor resultado desde 2020, período em que a pandemia de Covid-19 teve seus maiores impactos. O resultado do ano passado decorreu de 23.257 milhões de admissões e 21.774 milhões de demissões. Em 2022, houve abertura de 2,01 milhões de vagas com carteira assinada, na série ajustada. Em 2023, 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. Os estados que mais contrataram foram São Paulo, com saldo positivo de 390.719 postos, Rio de Janeiro, com 160.570, e Minas Gerais, com 140.836 contratações. Já o pior desempenho foi do Acre, que registrou a abertura de 4.562 vagas no ano passado.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Dos empregos criados no ano passado, 255.383 são referentes a contratos de trabalho atípicos, com predominância de trabalhadores com menos de 30 horas semanais e intermitentes. Essas modalidades foram criadas pela reforma trabalhista. O setor de serviços foi o responsável pelo maior número de contratações com carteira assinada, totalizando 886.256 postos. Os subsetores que mais contrataram foram informação, comunicação, financeiro, imobiliário, atividades administrativas, serviço público, educação e saúde. O comércio teve o segundo maior crescimento no emprego formal, com um saldo de 276.528 postos. O destaque fica para o setor varejista, supermercados, minimercados e venda de combustíveis para veículos. A construção civil, um dos setores mais dinâmicos da economia, ficou em terceiro lugar, com 158.940 postos. Em seguida, vem a indústria, com saldo positivo de 127.145 postos, e a agropecuária, com 34.762.

No mês de dezembro, que tradicionalmente apresenta resultados negativos devido aos desligamentos de trabalhadores temporários, foram fechadas 430.159 vagas com carteira assinada. No mesmo período de 2022, foram eliminados 431.011 postos. Considerando ajustes e declarações prestadas por empresas fora do prazo, o saldo negativo sobe para 455.544. No último mês no ano, o salário médio real de admissão foi de R$2.026,33, apresentando uma leve redução de R$6,52 em comparação com o valor corrigido de novembro (R$2.032,85).

Publicado por Sarah Américo

*Reportagem produzida com auxílio de IA

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.