Brasil pode encerrar o ano sem perda de empregos formais, diz Guedes

Outubro registrou recorde de 395 mil vagas criadas a mais que fechadas; no ano, saldo é negativo em 171 mil postos de trabalho

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2020 12h23
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Edu Chaves/Estadão Conteúdo Ministro voltou a defender a vacinação contra a Covid-19 como meio para a retomada econômica Ministro voltou a defender a vacinação contra a Covid-19 como meio para a retomada econômica

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 26, que o país pode encerrar o ano sem empregos pedidos no mercado formal de trabalho. segundo dados do Caged, em outubro foram registradas 395 mil vagas de trabalho abertas a mais que encerradas. Este foi o melhor resultado da série histórica do levantamento, iniciada em 1992. Apesar do avanço seguido nos últimos quatro meses, entre janeiro e outubro o mercado de trabalho nacional acumula saldo de 171 mil vagas fechadas a mais do que abertas. “Nessa recessão que veio de fora, que nos jogou ao fundo do poço, não perdemos o rumo, nos levantamos e estamos criando emprego em alta velocidade. Podemos chegar ao fim do ano com zero perdas de empregos no mercado formal”, afirmou o ministro.

Guedes classificou a notícia como “extraordinária” e afirmou que a tendência é que haja desaceleração no ritmo de contratações até o fim de 2020. Historicamente, o mês de novembro registra aumento no número de vagas abertas para trabalhos temporários de fim de ano, enquanto dezembro costuma haver maior número de demissões. “É uma notícia extraordinária. Tão boa que é difícil melhorar, acho que não vamos conseguir criar mais do que isso, mas só a indicação que podemos terminar o ano com zero empregos perdidos, é extraordinário. Também é o melhor mês da história, nunca o Brasil criou tantos empregos.”

O ministro já havia afirmado que a euforia no mercado de trabalho brasileiro não deve se manter até o fim do ano. Em um evento no último dia 13, Guedes afirmou que o ritmo acelerado registrado desde julho não era sustentável. O saldo dos primeiros dez meses do ano é o pior desde 2016, quando o período registrou 751.816 mil postos de trabalho encerrados. Em 2015, o tombo foi ainda maior, com saldo negativo em 818.918 mil vagas com carteira assinada perdidas. O saldo de 2020 é reflexo dos efeitos do novo coronavírus na desaceleração das atividades brasileiras. Em abril, no pior momento da crise, o Caged registrou saldo negativo de 942.774 demissões a mais que contratações.

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