Brasil será o centro global da economia verde e digital, diz Guedes a investidores

Ministro afirma que o país é ‘o melhor e maior horizonte de investimentos da economia mundial’ e volta a cogitar a extensão do auxílio emergencial caso haja piora da pandemia

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2021 12h55 - Atualizado em 31/05/2021 17h37
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FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Guedes em frente um painel azul Ministro afirmou que não vai interferir nos debates do Congresso sobre fixar preço do ICMS

Ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou nesta segunda-feira, 31, que o Brasil será o principal centro global da economia verde e digital. Em uma apresentação para investidores internacionais, o chefe da equipe econômica elencou uma série de projetos para transformar o cenário de negócios nacional mais atrativo ao capital estrangeiro, baseado na preservação do meio-ambiente e na inovação tecnológica. “Vamos nos transformar no centro da economia biosustentável. O Brasil, entre as economias do G20, tem a matriz energética mais limpa do mundo”, afirmou. Guedes também disse que a aprovação do marco regulatório das startups transformará o país em um destino de empresas pautadas na tecnologia. Segundo Guedes, o compromisso com o desenvolvimento econômico mais sustentável integra a agenda de reformas, que destinará mais incentivos fiscais para matrizes enérgicas limpas. “Nossos incentivos não serão mais em cima de energia fóssil, do passado, uma energia suja. Inclusive, com a nossa reforma tributária vamos mudar o eixo de isenções para a economia verde e digital”, disse, indicando a Amazônia como exemplo dessa transformação. “Sabemos que uma árvore viva vale mais que uma árvore morta, sabemos que biofármacos, economia digital, turismo,  economia verde, tudo isso faz girar em torno da região amazônica”.

Em participação no Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), organizado pelo governo federal, o chefe da equipe econômica classificou o Brasil como “o melhor e maior horizonte de investimentos da economia mundial”. Guedes afirmou que o país tem mais de 150 ativos em programas de concessões e privatizações, como a regulamentação do saneamento básico, do gás natural e da cabotagem, além do avanço nos projetos de venda da Eletrobras e dos Correios, que, segundo o ministro, tem capacidade para se transformar na maior empresa de logística da América Latina. “Os investimentos privados são a grande alavanca da retomada do crescimento brasileiro”, pontuou. “O Brasil está em processo de transformação do Estado, saindo das atividades onde tinha monopólio com as grandes empresas estatais. Estamos convidando o capital estrangeiro e nacional para dar sequência nestes grandes investimentos desta nova década”.

Guedes também afirmou que toda a população brasileira deve ser imunizada contra o novo coronavírus até o fim do ano, de acordo com as informações do Ministério da Economia, e que o Brasil busca novos acordos para ampliação da importação de imunizantes e a fabricação nacional das doses. O chefe da equipe econômica voltou a falar que o auxílio emergencial, previsto para encerrar em julho, pode ser renovado caso haja nova piora da pandemia. Os novos custos, disse o ministro, respeitarão o compromisso fiscal, e apenas as despesas relacionadas ao combate à Covid-19 poderão ficar fora do teto de gastos. “Eu reafirmo e reasseguro: o Brasil vai se transformar na maior fronteira de investimentos internacionais do mundo”, afirmou o ministro.

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