Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,5 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro

O Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 5,55 bilhões, de um total de R$ 13,06 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras

  • Por da Redação
  • 08/01/2024 18h09
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Banco Central Fachada do Banco Central do Brasil

De acordo com informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 8, ainda existem R$ 7,51 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro que não foram sacados pelos brasileiros. O Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 5,55 bilhões, de um total de R$ 13,06 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras. Até o final de novembro, 17.379.507 correntistas já haviam resgatado valores, o que representa apenas 28,86% do total de 60.225.711 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022. Dos que já fizeram o resgate, 16.504.231 são pessoas físicas e 875.276 são pessoas jurídicas. Já entre os que ainda não resgataram, 39.786.602 são pessoas físicas e 3.059.602 são pessoas jurídicas.

A maioria das pessoas e empresas que ainda não sacaram têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 correspondem a 63,38% dos beneficiários. Já os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 representam 25,21% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil correspondem a 9,69% dos clientes, enquanto apenas 1,71% têm direito a receber mais de R$ 1 mil. Após quase um ano fora do ar, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. No mês de março foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos, enquanto em outubro esse valor foi de R$ 178 milhões, uma queda em relação ao mês anterior, quando foram resgatados R$ 264 milhões.

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A atual fase do SVR traz novidades como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do sistema. Uma sala de espera virtual também foi implementada, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma baseado no ano de nascimento ou fundação da empresa.

Além dessas melhorias, agora é possível consultar valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais. Assim como nas consultas para pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para contas conjuntas, onde um dos titulares pode solicitar o resgate de um valor esquecido e o outro, ao entrar no sistema, poderá visualizar as informações, como valor, data e CPF de quem fez o pedido. Outra novidade é a inclusão de fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram adicionadas contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, além de outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

O Banco Central alerta os correntistas para que tenham cuidado com golpes de estelionatários que se passam por intermediários para supostos resgates de valores esquecidos. A instituição ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos e que não envia links ou entra em contato para tratar sobre valores a receber ou confirmar dados pessoais. O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode entrar em contato com o cidadão. O banco pede ainda que nenhum cidadão forneça senhas e destaca que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.

 

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