Cesta básica em SP aumenta 3% em novembro; batata e arroz sobem 51,17% e 5,07%
Preço médio da cesta básica, que em 30 de outubro era R$ 949,98, passou para R$ 979,18 em 30 de novembro; grupo de alimentação foi o que apresentou maior variação: 3,68%
O valor da cesta básica em São Paulo aumentou 3,07% em novembro. Segundo levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio, que em 30 de outubro era R$ 949,98, passou para R$ 979,18 em 30 de novembro. O grupo de alimentação foi o que apresentou maior variação: 3,68%. Já os produtos de higiene pessoal registraram alta de 0,16% e limpeza, queda de 2,78%. A variação no ano é de 24,87%, com base em dezembro de 2019. No mês de novembro, os produtos que mais subiram foram a batata (kg), 51,17%, ovos brancos (dúzia), 10,44%, óleo de soja (900 ml), 10,10%, sabonete (unidade 90 g), 6,57% e extrato de tomate (340/350 g), 5,57%. Já as maiores quedas foram sabão em pó (kg), -8,60%, leite UHT (litro), -4,68%, papel higiênico fino branco (com 4 unidades), -4,07%, absorvente aderente (com 10 unidades), -3,59%, e margarina (250 g), -2,98%.
Dos 39 produtos pesquisados, na variação mensal, 30 apresentaram alta, oito diminuíram de preço e um permaneceu estável. Em relação à carne, o corte de 1ª subiu, em média, 5,13%; em outubro custava R$ 36,08, e, em novembro, R$ 37,93. A alta média da carne de 2ª foi de 4,68%. De outubro para novembro, o preço passou de R$ 28,40 para R$ 29,73. O bom desempenho das exportações, em especial para a China, e a baixa disponibilidade de animais prontos para abate são os principais motivos dos preços internos elevados da carne bovina. Óleo de soja, que já estava com o preço elevado, aumentou 10,10%; passou de R$ 6,83, em outubro, para R$ 7,52, em novembro de 2020. Os baixos estoques domésticos de soja e derivados são decorrência das demandas interna e externa e da valorização do dólar frente ao real, que é um atrativo para a exportação; assim, os preços permanecem elevados.
Já a batata foi o produto que registrou o maior aumento em novembro, 51,17%. Em outubro, o quilo custava, em média, R$ 3,85 e subiu para R$ 5,82, em novembro. Os motivos da alta foram a proximidade do encerramento da safra de inverno e a disponibilidade limitada da safra das águas, devido à quebra de produção em várias regiões do Sul, provocada pelo baixo volume de chuva nas fases de plantio e desenvolvimento. Houve também variação na qualidade da batata, o que ocasionou elevada amplitude nos preços. A alta acumulada, em 2020, foi de 57,72%. O preço passou de R$ 3,69, em dezembro de 2019, para R$ 5,82, em novembro de 2020. O arroz, que também já estava com o preço alto, aumentou 5,07%. Entre outubro e novembro, o preço passou de R$ 21,90 para R$ 23,01. A queda de braço entre os produtores e as beneficiadoras resultou em comercialização pontual do grão, menor oferta e aumento nos preços. No ano, o arroz acumulou aumento de 85,41%. Em dezembro de 2019, custava, em média, R$ 12,41 e, em novembro de 2020, R$ 23,01.
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