CNI projeta crescimento do PIB de 2,6% em 2018
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a economia brasileira crescerá 2,6% no ano que vem, depois de um crescimento de 1,1% neste ano. Para a instituição, “a economia brasileira saiu da recessão mais profunda da sua história”.
Apesar da alta, a entidade acredita que o setor industrial fechará 2017 com retração de 2,1%, a quarta queda consecutiva. Em 2018, porém, os investimentos no setor têm previsão de crescerem 4%. O consumo das famílias, projetado em 1,3% neste ano, deve crescer 2,8% no ano que vem.
As estimativas de emprego sinalizam uma recuperação lenta, com uma taxa de desemprego anual na faixa de 11,8%, contra 12,8% estimado para este ano. A inflação deverá fechar o ano que vem em 4,4%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Em 2017, a variação anual do IPCA é projetada em 2,9%.
A taxa básica de juros chegará ao fim de 2018 em 6,75%. O saldo da balança comercial deve alcançar US$ 54 bilhões, com exportações de US$ 228 bilhões e importações de US$ 174 bilhões Em 2017, a estimativa é de superávit de US$ 66 bilhões.
De 2010 a 2016, a economia mundial cresceu, em média, 3,8%, enquanto os países desenvolvidos cresceram 1,9% ao ano e, os em desenvolvimento, 5,4% ao ano. O crescimento médio do Brasil no período foi de 1,4%.
Nos anos mais recentes, a situação se agravou no Brasil. De 2014 a 2018, a economia mundial deve crescer, em média, 3,5%, enquanto o Brasil deverá ter uma queda média de 0,9% ao ano.
“Esperamos um retorno do crescimento em 2018, mas ainda temos uma incerteza muito grande associada ao quadro eleitoral”, comentou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI, durante apresentação do Informe Conjuntural CNI, em Brasília. “Claramente, a nossa expectativa é que nesta primeira metade do ano de 2018 o crescimento continue e se intensifique. A continuidade desse crescimento depende da retomada do investimento privado. O setor público não tem condições de alavancar esse crescimento.”
A CNI acredita que as reformas apresentadas pelo governo e que tramitam no Congresso, como a da Previdência, que ficará para o ano que vem.
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