Complexidade de tributos e diferenças entre os estados fazem a indústria pagar 33% dos impostos no Brasil

Em audiência na Comissão Mista da Casa, nesta quarta-feira, empresários reiteraram a redução da burocracia como necessária ao crescimento do País

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2020 07h47
  • BlueSky
Itaci Batista/Estadão Conteúdo Avanço de dois pontos percentuais em preços monitorados puxou revisão de alta da inflação em 2021 Reforma tributária está na pauta do Governo deste ano

A complexidade de tributos e diferenças entre os estados fazem a indústria pagar 33% dos impostos no Brasil. A reforma tributária discutida no Congresso Nacional tem o apoio do setor que teme, no entanto, dificuldades de simplificação. Em audiência na Comissão Mista da Casa, nesta quarta-feira, empresários reiteraram a redução da burocracia como necessária ao crescimento do País. O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, afirma que as diferentes tributações prejudicam o empreendedor: “Nós pagamos 33% dos impostos federais e esse setor que representa 20% do PIB brasileiro contribui com 31% da previdência e quase 40% dos impostos estaduais.” Robson acrescenta que a reforma tributária deve ser feita de forma ampla e não atendendo a setores isoladamente. O presidente da Confederação Nacional do Transporte, Vander Costa, reforça o coro da indústria para que não se criem novos impostos: “Acreditamos tem que ser uma reforma tributária onde prevaleça a neutralidade, que não tenha como objetivo o aumento da carga tributária que tem comprometido o crescimento do Brasil.”

Vander Costa defende, entretanto, que setores, como o de transporte de passageiros, tenham tratamento diferenciado. Para o vice-presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nese, a desoneração da folha de pagamentos deveria fazer parte da reforma: “Sem essa reforma na contribuição, nós não conseguimos discutir sobre o sistema tributário nacional e unificação de impostos. Por isso defendemos uma ampla reforma tributária com objetivos específicos visando o futuro.”  O vice-presidente da CNS, Luigi Nese, lembra que o setor de serviços representa 75% do PIB nacional. A indústria defende um imposto sobre valor agregado com alíquota única e cobrança sempre no destino.

*Com informações da repórter Camila Yunes.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.