Copom reduz juros básicos da economia para 8,25%, menor nível em quatro anos

  • Por Agência Brasil
  • 06/09/2017 19h52 - Atualizado em 06/09/2017 19h52
Cédulas de dinheiro. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Banco Central trabalha com projeções de que os juros básicos encerrem 2017 em 7,25% ao ano, caindo para 7% ao ano no início de 2018

Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (6) a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 9,25% ao ano para 8,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a redução de hoje, a Selic chega ao menor nível desde outubro de 2013, quando estava em 9% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

Em comunicado, o Copom informou que o Banco Central trabalha com projeções de que os juros básicos encerrem 2017 em 7,25% ao ano, caindo para 7% ao ano no início de 2018 e elevando-se para 7,5% ao ano ao fim do próximo ano. Os diretores do BC indicaram, porém, que podem reduzir o ritmo de corte dos juros na próxima reunião do Copom, em 24 e 25 de outubro.

“Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária (ritmo de corte dos juros)”, destacou o comunicado.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,19% em agosto, no menor nível para o mês desde 2010.

Nos 12 meses terminados em agosto, o IPCA acumula 2,46%, a menor taxa em 12 meses desde fevereiro de 1999. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%.

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