Dieese: 49,4% do pagamento do 13º deve ficar nos Estados do Sudeste

  • Por Estadão Conteúdo
  • 08/11/2017 13h48
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Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. O maior valor médio para o 13º, de R$ 4,234,00, deve ser pago no Distrito Federal e o menor, no Maranhão e Piauí

O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre o 13º salário mostra que dos R$ 200,5 bilhões a serem pagos neste ano, 49,4% deve ficar nos Estados do Sudeste, que concentram a maior parte dos empregos formais, aposentados e pensionistas. No Sul do país devem ser pagos 16,2% do montante, enquanto ao Nordeste serão destinados 15,9%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte irão, respectivamente, 9,0% e 4,7%.

De acordo com os técnicos do Dieese, é importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União respondem por 4,9% do montante e podem estar em qualquer região do País.

O maior valor médio para o 13º, de R$ 4,234,00, deve ser pago no Distrito Federal e o menor, no Maranhão e Piauí – ambos com média próxima a R$ 1.541,00. Essas médias, porém, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos Estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.

Para os assalariados formalizados dos setores público e privado, a estimativa é de que R$ 130,6 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano, a 46,3 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos.

A maior parcela do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que assim ficarão com 63,2% do total destinado ao mercado formal; empregados da indústria receberão 19,1%; os comerciários terão 13,5%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 3,3%; enquanto 2,1% serão destinados aos trabalhadores da agropecuária.

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