Dívida Bruta do Governo Geral sobe para 86,5% do PIB em julho e bate R$ 6,2 trilhões
Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil
Na esteira do aumento dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira acelerou em julho. Dados divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou julho aos R$ 6,21 trilhões, o que representa 86,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual é maior que os 85,5% de junho. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB. Com o aumento de despesas públicas em função da pandemia do novo coronavírus, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do país. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil. O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 58,0% para 60,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho de 2020. A DLSP atingiu R$ 4,323 trilhões. A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil, hoje na casa dos US$ 355 bilhões.
*Com Estadão Conteúdo
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