Dólar abre semana em queda à espera da MP da Eletrobras; Ibovespa sobe

Texto que viabiliza privatização da empresa retorna à Câmara depois de aprovação apertada pelos senadores na semana passada

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2021 13h27 - Atualizado em 21/06/2021 17h25
Arquivo/Agência Brasil Cédulas de dólar sobre fundo branco Dólar volta ao patamar de R$ 4,65 com temor internacional

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta segunda-feira, 21, com investidores à espera da aprovação da Medida Provisória (MP) que viabiliza a privatização da Eletrobras na Câmara dos Deputados. O texto passou pelo Senado com uma margem apertada na semana passada e deve ser chancelado pelo Congresso até amanhã para não perder a validade. No cenário internacional, os mercados operam em alta, ainda analisando o anúncio de antecipação da alta dos juros nos Estados Unidos para 2023. Por volta das 13h15, o dólar registrava queda de 0,71%, a R$ 5,033. A moeda chegou a bater a máxima de R$ 5,082, enquanto a mínima não passou de R$ 5,024. O câmbio encerrou na sexta-feira, 18, com alta de 0,92%, cotado a R$ 5,068. Seguindo o bom humor das Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, operava com alta de 0,38%, aos 128.900 pontos. O último pregão da semana passada fechou com o avanço de 0,48%, aos 128.405 pontos.

A Câmara volta a debater a MP da Eletrobras após o texto ter sido aprovado pelos senadores com alterações de pontos que já haviam passado pelos deputados. A medida entra na pauta a partir das 15h. Os deputados precisam analisar 28 emendas acrescentadas pelo Senado antes de mandar a MP para assinatura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ainda no cenário doméstico, analistas do mercado financeiro revisaram novamente para cima as expectativas para a inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e Selic, enquanto renovaram para baixo a projeção com o câmbio. Dados do Boletim Focus mostram que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o medidor oficial da inflação brasileira, aumentou para 5,9%, ante 5,82% na semana passada. Já a expansão da economia foi revista para 5% em 2021, contra previsão de 4,85% na edição anterior. A previsão com a Selic, a principal ferramenta do Banco Central para domar a inflação, subiu para 6,5% uma semana depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) acrescentar 0,75 ponto percentual na taxa e elevar os juros para 4,25% ao ano. O câmbio foi revisto para baixo, com o mercado projetando o dólar a R$ 5,10 no fim de 2021.

Na pauta internacional, os mercados ainda reagem com cautela ao anúncio do Federal Reserve (Fed), a autoridade monetária norte-americana, de antecipar a alta dos juros para 2023. Até março, o aumento era esperado apenas para o ano seguinte em meio ao processo de recuperação da economia e a retomada do emprego. O BC também se mostrou mais preocupado com a inflação ao elevar a expectativa para este ano a 3,4%, ante 2,4% previsto em março. Os investidores temem que a redução da política de estímulos impacte na redução do crescimento da maior economia do mundo e diminua a injeção de dólares nos mercados internacionais.

 

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