Dólar cai 0,15% e fecha a R$ 5,5817 em dia de liquidez reduzida

Perspectiva cada vez maior de alta da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês também tem contribuído para dar sustentação à moeda brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2024 18h43
  • BlueSky
jcomp/Freepik Punhado de dólares Com máxima a R$ 5,6407 pela manhã e mínima a R$ 5,5756 à tarde, o dólar à vista fechou a sessão em queda de 0,15%

Após subir pela manhã e se aproximar do nível técnico de R$ 5,65, alinhado ao sinal predominante de alta da moeda americana no exterior, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda, abaixo de R$ 5,60. Operadores atribuíram a recuperação do real ao impacto de ajustes de posições, em pregão de baixa liquidez, e a um panorama melhor para commodities, com valorização do petróleo na segunda etapa de negócios. A perspectiva cada vez maior de alta da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês também tem contribuído para dar sustentação à moeda brasileira, ao aumentar a atratividade das operações de carry trade.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

O Boletim Focus trouxe hoje aumento da mediana da Selic esperada no fim de 2024 de 10,50% para 11,25%, o que significa uma elevação total de 0,75 ponto porcentual neste ano. Amanhã, sai o IPCA de agosto. No EUA, embora o relatório mensal de emprego (payroll), divulgado na sexta-feira, não tenha sido suficiente para definir a magnitude do primeiro passo do Federal Reserve, é dado como certo que o BC americano vai cortar sua taxa básica neste mês. Investidores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto na quarta-feira, 11, para calibrar suas apostas.

Com máxima a R$ 5,6407 pela manhã e mínima a R$ 5,5756 à tarde, o dólar à vista fechou a sessão em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,5817. Nos seis primeiros pregões de setembro, a moeda apresenta recuo de 0,95%. No ano, o dólar acumula valorização de 15,01% em relação ao real, que tem perdas menores que às do peso mexicano no grupo das divisas mais relevantes.

A liquidez foi bem reduzida, o que deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a operações pontuais. Principal referência do apetite por negócios, o dólar futuro para outubro movimentou menos de US$ 10 bilhões. À tarde, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,108 bilhões na primeira semana de setembro. Em agosto, o saldo foi positivo em US$ 4,828 bilhões, abaixo do esperado. No ano, o superávit acumulado é de US$ 56,187 bilhões.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.