Dólar cai com expectativa pelo futuro dos juros no Brasil e nos EUA; Ibovespa avança

Banco Central norte-americano se reúne nesta quarta-feira para discutir política monetária; no ambiente doméstico, alta da inflação faz mercado projetar Selic a 7% já em 2021

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2021 17h26
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Antara Foto/Hafidz Mubarak/via Reuters Mão segura diversas cédulas de dólar Dólar avança com pressão internacional em meio entraves da guerra no Leste Europeu

Os principais indicadores do mercado financeiro fecharam no campo positivo nesta segunda-feira, 26, com a expectativa pelo futuro dos juros no Brasil e nos Estados Unidos. Investidores também mantém no radar os movimentos políticos em Brasília com a troca de cadeiras nos ministérios e a disseminação da variante Delta da Covid-19. O dólar abriu a semana com queda de 0,70%, cotado a R$ 5,174. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,230, enquanto a mínima não passou de R$ 5,153. A divisa norte-americana encerrou a semana passada com queda de 0,05%, a R$ 5,211. Seguindo o otimismo internacional, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia com alta de 0,76%, aos 126.076 pontos. O pregão de sexta-feira, 23, fechou com queda de 0,87%, aos 125.052 pontos.

Mercados em todo o mundo começam a analisar os sinais que antecedem a reunião do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, que nesta quarta-feira, 28, volta a debater os juros e a inflação. Apesar do presidente da entidade, Jerome Powell, ter reforçado que a política de estímulos deve ser mantida com a compra de títulos públicos e as taxas de juros em níveis mínimos, o clima deve se manter volátil nos próximos dias. Também no cenário internacional, investidores seguem acompanhando o aumento do número de infecções com a disseminação da variante Delta da Covid-19. O temor dos mercados é que a elevação nos índices de contaminação reflita no retorno das medidas de isolamento social e a desaceleração da retomada econômica.

Na pauta doméstica, os juros também dominaram o debate neste início de semana. O mercado financeiro passou a ver a Selic a 7% já no fim de 2021, índice que deve ser mantido até o ano que vem, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira. A mediana da pesquisa feita pelo Banco Central também indicou piora do cenário da inflação neste ano, com a elevação da expectativa para 6,56%, a 16ª semana seguida de revisão para cima. O Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se encontrar no início de agosto para debater o futuro da taxa de juros. A recente alta da inflação medida pela prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) levou analistas a especular avanço de 1 ponto percentual, elevando a Selic para 5,25% ao ano, para evitar a contaminação das perspectivas para 2022.

 

 

 

 

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