Dólar cai com otimismo internacional; Ibovespa segura os 117 mil pontos
No cenário doméstico, investidores analisam encontro de comitiva presidencial com empresários e novo risco de interferência na Petrobras após críticas de Bolsonaro
O mercado financeiro brasileiro opera no campo positivo nesta quinta-feira, 8, seguindo bom humor internacional após o Banco Central dos Estados Unidos (Fed, em inglês) reiterar a política de juros baixos até a plena recuperação da economia. Na pauta doméstica, investidores repercutem o jantar entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e nomes de referência do empresariado brasileiros na noite desta quarta-feira, 7, e a declaração do presidente criticando o aumento de 39% do gás natural pela Petrobras, vista como um novo risco de intervenção na estatal. Por volta das 11h40, o dólar registrava queda de 0,86%, a R$ 5,595 após bater máximas de R$ 5,617 e mínima de R$ 5,573. O câmbio encerrou a véspera com alta de 0,78%, a R$ 5,643. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, oscilava com leve alta de 0,0%, aos 117.710 pontos. O pregão desta quarta-feira fechou com avanço de 0,11%, aos 117.632 pontos.
Mercados de todo o mundo seguem repercutindo o recado da autoridade monetária norte-americana ao reafirmar o compromisso de manter a taxa de juros baixo até que a política reflita na geração de emprego e na inflação. A decisão, já esperada pela maior parte dos analistas, indica que o Fed manterá a injeção de dólares para aquecer a maior economia do mundo após o choque do novo coronavírus. Ainda nos EUA, democratas e republicanos seguem os debates para a aprovação de um pacote na ordem de US$ 2,2 trilhões para investimentos em infraestrutura pelos próximos oito anos.
Na pauta doméstica, o mercado repercute os desdobramentos do encontro da comitiva entre empresários de diversos setores da economia com Bolsonaro e a comitiva compostas pelos ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde) e Fábio Faria (Comunicação), mais o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). O presidente reafirmou o compromisso com o teto de gastos e voltou a criticar medidas de isolamento social impostas por Estados e municípios. Mais cedo, Bolsonaro levou novo temor de intervenção na Petrobras ao criticar o reajuste de 39% no gás natural na última segunda-feira, 5. O presidente classificou a alta como “inadmissível”, mas afirmou que não irá intervir na política de preços.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.