Dólar sobe com inflação acima do esperado nos EUA; Ibovespa recua

Câmbio opera na casa de R$ 5,25 com temor pela redução de estímulos na economia norte-americana; Bolsa volta aos 120 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2021 12h39 - Atualizado em 12/05/2021 18h55
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ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Notas de real e dólar espalhadas em cima de uma bandeira dos Estados Unidos Dólar opera em alta com mercados à espera de dados das inflação dos EUA

O mercado financeiro opera nesta quarta-feira, 12, analisando a alta da inflação nos Estados Unidos acima do esperado e os reflexos de uma possível mudança na política de estímulos monetários. Na cena doméstica, os investidores seguem acompanhando os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado. Por volta das 12h30, o dólar registrava alta de 0,69%, a R$ 5,259, depois de bater máxima de R$ 5,273 e mínima de R$ 5,212. O câmbio encerrou na véspera com queda de 0,17%, cotado a R$ 5,222. Seguindo o mau humor nas Bolsas norte-americanas, o Ibovespa, referência da B3, operava com queda de 1,78%, aos 120.777 pontos. O pregão de terça-feira, 11, fechou com alta de 0,87%, aos 122.964 pontos.

Mercados em todo o mundo repercutem o avanço de 4,2% da inflação dos EUA (CPI, na sigla em inglês) em abril, na comparação com o mesmo mês de 2020. O valor veio acima da expectativa de 3,6% dos analistas, e representa o maior salto anual desde setembro de 2008. Em relação ao mês anterior, o CPI registrou alta de 0,8%, enquanto as estimativas apontavam para avanço de 0,2%. A alta inflacionária gera temor por uma possível redução dos estímulos monetários da autoridade monetária dos EUA para combater a crise gerada pelo novo coronavírus, refletindo no corte da injeção de dólares no mercado global, apesar de o presidente do Banco Central norte-americano (Fed, na sigla em inglês) já ter sinalizado que deve manter a política de incentivos, a despeito do resultado da inflação.

Na cena doméstica, os investidores seguem analisando os efeitos da CPI da Covid-19 na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e no avanço da agenda de reformas no Congresso. Os senadores recebem nesta quarta-feira o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, para esclarecer as decisões do governo federal em meio ao combate da pandemia do novo coronavírus. Na agenda de índices, a prestação de serviços recuou 4% em março, o pior resultado desde abril do ano passado, e voltou a ficar abaixo do patamar pré-pandemia.

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