Dólar e Ibovespa operam sem direção com mercado à espera do Copom

Apesar do consenso que a taxa básica de juros se manterá em 2%, investidores aguardam pelo recado que o BC passará sobre o avanço da inflação e possíveis revisões nos próximos meses

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2020 11h55
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JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada Câmbio avança nesta segunda-feira após registrar queda de 2% na semana passada

A expectativa com a divulgação da taxa básica de juros da economia brasileira pelo Banco Central (BC) deixa os mercados sem direção definida nesta quarta-feira, 9. É esperado que o Comitê de Políticas Econômicas (Copom) mantenha a Selic em 2% ao ano, mas que reconheça a crescente pressão inflacionária e indique possibilidade de aumento da taxa nos próximos encontros. No cenário externo, os mercados são impactados pelo otimismo do início de vacinação no Reino Unido e da expectativa de começar a imunização nos Estados Unidos ainda esta semana. Também favorece o bom humor a proximidade da aprovação de um pacote de estímulos pelo Congresso dos EUA na casa dos US$ 900 bilhões. Às 11h50, o dólar recuava 0,43%, a R$ 5,105. A divisa chegou a bater mínima de R$ 5,088, enquanto a máxima não passou de R$ 5,136. O dólar fechou na véspera com queda de 0,14%, cotado a R$ 5,127. A Bolsa de Valores brasileira oscila, mas se mantém acima dos 113 mil pontos. O Ibovespa, principal índice da B3, registrava recuo de 0,26% aos 113.493 pontos.

O anúncio do Copom é esperado para a partir das 18h, depois do fechamento dos mercados brasileiros. Apesar do consenso que a taxa básica de juros da economia se manterá em 2%, os investidores aguardam pelo recado que os técnicos do Banco Central passarão sobre o avanço em sequência da inflação e se o relatório trará a projeção de aumento da Selic no curto prazo. O IPCA, índice oficial da inflação brasileira, subiu 0,89% em novembro, e nos últimos 12 meses acumula alta de 4,31% — acima do centro da meta de 4% perseguida pelo BC. Mais uma vez, o índice foi puxado pelo encarecimento dos alimentos e dos combustíveis. O aumento da inflação já era esperado pelo mercado, que prevê avanço de 4,21% neste ano, segundo divulgado pelo Boletim Focus na segunda-feira, 6. O número representa a 17ª correção seguida para cima do índice. Há quatro semanas, os analistas ouvidos pelo Banco Central estimavam alta de 3,20%. Para 2021, a expectativa é de 3,34%.

No noticiário internacional, os investidores mantêm o clima de euforia com o início da imunização contra a Covid-19 no Reino Unido com a vacina desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech. Autoridades dos EUA se reúnem nesta quinta-feira, 10, com técnicos da farmacêutica para analisar o pedido de vacinação em caráter emergencial. Caso seja aprovada, a campanha deve iniciar já nesta sexta, 11. Também favorece o bom humor dos investidores os avanços na aprovação pelo Congresso norte-americano do pacote de estímulos na ordem de US$ 900 bilhões.

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