Dólar encerra o dia cotado a R$ 5,46 devido a tensões no Oriente Médio

As tensões geopolíticas dominaram as atenções do mercado nesta terça-feira (1º), especialmente após o Irã lançar mísseis contra Israel em resposta a uma ofensiva israelense

  • Por da Redação
  • 01/10/2024 18h11 - Atualizado em 01/10/2024 18h18
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CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Foto de notas de dólar americano Moeda norte-americana registrou alta de 0,27% nesta terça-feira (1º)

O dólar fechou em alta de 0,27% nesta terça-feira (1º), cotado a R$ 5,462. O aumento da moeda americana foi influenciado pela intensificação dos conflitos no Oriente Médio, levando os investidores a buscarem ativos considerados mais seguros. Essa tendência global também foi impulsionada pela expectativa de cortes menos agressivos nas taxas de juros nos Estados Unidos. No ano, a divisa norte-americana acumula elevação de 12,62% ante o real. Em contrapartida, a Bolsa de Valores brasileira registrou um avanço de 0,51%, alcançando 132.495 pontos, impulsionada principalmente pela alta das ações da Petrobras.

As tensões no Oriente Médio dominaram as atenções do mercado hoje, especialmente após o Irã lançar mísseis contra Israel em resposta a uma ofensiva israelense. Foram empregados de 180 a 200 mísseis, e a grande maioria foi abatida. O presidente do Irã declarou que essa ação é apenas uma demonstração de sua capacidade militar, enquanto Israel prometeu retaliar. Esse ataque teve um impacto direto nos preços do petróleo, que subiram significativamente no mercado internacional.

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Após o ataque, o preço do barril do petróleo Brent aumentou 5%, mas ao final da tarde, a alta foi reduzida para 3%, com a cotação a US$ 74. A Petrobras, por sua vez, viu suas ações valorizarem quase 3% na B3, refletindo a reação do mercado ao aumento dos preços do petróleo.

Nesta terça, também foi divulgado o relatório Jolts, que indicou um crescimento nas vagas de emprego disponíveis nos Estados Unidos, sugerindo uma recuperação no mercado de trabalho. Os investidores estão atentos à política monetária do Federal Reserve (Fed), que recentemente implementou o primeiro corte nas taxas de juros em mais de quatro anos.

No Brasil, a situação fiscal também é uma preocupação, com o presidente do Banco Central ressaltando a importância de um programa que transmita uma percepção de choque fiscal positivo para permitir a convivência com juros mais baixos.

O governo brasileiro tem enfrentado críticas em relação ao uso de métodos não convencionais para aumentar a contabilização de receitas fiscais. A meta de inflação estabelecida pelo Banco Central é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O IPCA-15, indicador que mede a inflação, registrou uma alta de 0,13% em setembro, resultando em uma inflação acumulada de 4,12% nos últimos 12 meses. A expectativa de um aperto na Selic pode beneficiar o real, atraindo mais investidores para o país.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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