Dólar encerra o dia cotado a R$ 5,46 e tem baixa de 0,86% na semana
Pela manhã, momento de queda mais expressiva das taxas dos Treasuries, o dólar tocou mínima a R$ 5,4371; moeda moderou as perdas no início da tarde e, após máxima a R$ 5,4860, encerrou o dia em baixa de 0,29%
O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira (16), em leve queda no mercado doméstico, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda norte-americana no exterior. Pela manhã, momento de queda mais expressiva das taxas dos Treasuries, o dólar tocou mínima a R$ 5,4371. A moeda moderou as perdas no início da tarde e, após máxima a R$ 5,4860, encerrou o dia em baixa de 0,29%, cotada a R$ 5,4678. As taxas dos Treasuries recuaram em meio a especulações sobre o fôlego da economia dos EUA após indicadores apontarem em direções contrárias e dirigente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) alertar sobre risco maior de desaquecimento da atividade. Com recuo em três dos últimos cinco pregões, o dólar termina a semana com desvalorização de 0,86% – o que leva as perdas em agosto para 3,32%.
Termômetro do desempenho da moeda americana em relação a seis divisas fortes, o DXY operou em queda ao longo do dia e rondava os 102,400 pontos no fim da tarde. Houve ganhos de mais de 1% do iene, o que trouxe certa pressão para divisas emergentes de países de juros altos. Real e peso mexicano conseguiram se manter em terreno positivo, enquanto peso colombiano e chileno recuaram. Moedas de países desenvolvidos exportadores de commodities, como dólar australiano, canadense e neozelandês se apreciaram.
Inflação
Nos EUA, as construções de moradias iniciadas tiveram queda de 6,8% em julho em relação a junho, bem acima do esperado por analistas (-0,6%). Já o índice de sentimento do consumidor nos EUA, da Universidade de Michigan, subiu de 66 em julho para 67,8 em agosto, quando se esperava 67. As expectativas de inflação para 12 meses e cinco anos não sofreram alterações.
Em evento pela manhã, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, disse que o Banco Central está “muito incomodado” com as expectativas de inflação e repetiu que está disposto a promover uma alta da taxa Selic, se for necessário para levar a inflação à meta. Campos Neto revelou que o diagnóstico de que parte da piora das expectativas se devia à perda de credibilidade da política monetária levou os dirigentes do BC a adotar um discurso mais alinhado.
Em tese, a combinação de um início de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro com uma alta da taxa Selic tende a ser benéfica ao real, não apenas por aumentar o diferencial de juros interno e externo, mas também por, segundo analistas, reforçar a independência e credibilidade da gestão da política monetária.
*Com informações do Estadão Contéudo
Publicado por Carolina Ferreira
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