Dólar encerra o dia cotado a R$ 5,49, em queda de 0,34%, apesar de tensão Irã-Israel

O real se destacou novamente entre seus pares latino-americanos, mas teve seu ímpeto em parte limitado pelo aumento da tensão geopolítica no Oriente Médio

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2024 18h28 - Atualizado em 12/08/2024 19h23
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ITACI BATISTA/ESTADÃO CONTEÚDO Cédulas de Real e dólar Pela primeira vez desde meados de julho, a moeda americana fechou o pregão abaixo da linha de R$ 5,50

O dólar emendou, nesta segunda-feira (12), o quinto pregão consecutivo de desvalorização no mercado doméstico e fechou o pregão abaixo da linha de R$ 5,50 pela primeira vez desde meados de julho. O real se destacou novamente entre seus pares latino-americanos, mas teve seu ímpeto em parte limitado pelo aumento da tensão geopolítica no Oriente Médio. A divisa abriu em queda firme e chegou a romper o piso de R$ 5,48 ao fim da primeira hora de negócios, quando registrou mínima a R$ 5,4729. Após trabalhar em leve baixa no restante da sessão, o dólar à vista encerrou o dia cotado em queda de 0,34%, a R$ 5,4962. Nos últimos cinco pregões, a moeda acumulou desvalorização de 4,27%, o que reduziu os ganhos no ano, que chegaram a ultrapassar 17%, para 13,24%.

No início da tarde, quando surgiram informações de um possível ataque iminente do Irã a Israel, em retaliação a morte de uma liderança do grupo terrorista Hamas em solo iraniano, o dólar à vista chegou a operar pontualmente em terreno positivo, em sintonia com a piora do apetite ao risco no exterior. Na máxima, a moeda atingiu R$ 5,5229. Pela manhã, em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, Campos Neto disse que, independentemente de quem seja seu sucessor no comando do BC, há um compromisso “inequívoco” da instituição em trazer a inflação para a meta.

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À tarde, Galípolo, em evento da Warren Investimentos, disse ter ficado satisfeito com a relação do mercado a suas declarações na última quinta-feira (8), quando disse não ver sentido percepção de que diretores indicados pelo atual governo não podem elevar os juros. Ele reiterou que uma alta da taxa Selic está na mesa do Banco Central, mas que as próximas decisões dependem dos indicadores.

No exterior, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes – operou ao redor da estabilidade ao longo da tarde. A moeda americana, contudo, ganhou força em relação ao iene, que devolve parte dos ganhos recentes. O esgotamento do rali do iene e a redução dos temores de recessão nos EUA teriam aberto a porta para valorização do real nos últimos dias.

Investidores aguardam próxima rodada de indicadores americanos, em especial o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado na quarta-feira (14), para refinar as apostas em torno dos próximos passo do Fed.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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