Dólar fecha cotado a R$ 5,69 apesar de pressão fiscal
No segmento à vista o dólar registrou queda de 0,08%, enquanto o contrato futuro para novembro registrava baixa de 0,15%, a R$ 5,6915, por volta das 17h45
O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira (23), em leve queda no mercado doméstico, em movimento de ajuste técnico para defender o nível abaixo de R$ 5,70, assim como na véspera. Analistas, contudo, ponderam que na parte fundamentalista o real segue pressionado pela proximidade das eleições americanas e persistentes incertezas fiscais, enquanto o governo não fornece detalhes sobre medidas de corte de despesas. No exterior, a divisa norte-americana ganhou força entre pares fortes e a maioria dos exportadores de commodities.
No segmento à vista o dólar fechou em queda de 0,08%, a R$ 5,6928. O contrato futuro para novembro registrava queda de 0,15%, a R$ 5,6915, por volta das 17h45. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra pares fortes subia 0,30%, aos 104,388 pontos. Depois de ter subido por toda a manhã, o dólar inverteu seu movimento e o segmento à vista tocou mínima intradia de R$ 5,6858 (-0,21%) no período da tarde, mantendo o sinal negativo até o fechamento. O dólar passou a cair também em relação ao peso chileno e mexicano.
Só em outubro o dólar acumula uma apreciação de 4% em relação ao real, de 5% em relação ao peso chileno, e cerca de 0,7% ante o peso mexicano. Ainda assim, a divisa americana ganhou terreno entre pares fortes e outras das principais economias exportadoras de commodities. Nesta quarta, o minério de ferro cedeu 1,91% (Dalian) e 1,80% (Cingapura), pressionado por uma perspectiva negativa para o mercado global de aço e expectativas moderadas para a recuperação econômica da China no curto prazo. Já o petróleo recuou 1,35% (WTI) e 1,42% (Brent), após os estoques da commodity crescerem mais do que o esperado nos EUA na semana passada.
O mercado vive um momento de aversão a risco e incerteza relacionados às eleições americanas, o que acaba fortalecendo a moeda americana globalmente. Já a situação fiscal brasileira segue sem endereçamento claro e, por isso, não contribui para o fluxo vir ao Brasil.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
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