Dólar fecha em queda, cotado a R$ 5,58, com expectativa por contenção de gastos
Às 17h19, o contrato futuro para novembro cedia 0,32%, a R$ 5,5980 e com giro de negócios registrado de cerca de US$ 8,32 bilhões
O real teve a melhor performance entre divisas emergentes e de exportadores de commodities, nesta segunda-feira (14), em movimento de ajuste após ter tido a pior na semana passada. O apoio veio de notícias sobre medidas do governo para elevar a austeridade fiscal, que começaram a circular no início da tarde e chegaram a levar o câmbio para mínima de R$ 5,56, e porque o futuro presidente do Banco Central a partir de 2025, Gabriel Galípolo, reiterou pela manhã o compromisso de buscar o centro da meta de inflação de 3%.
O pregão também foi marcado por liquidez reduzida, com o mercado de Treasuries em Nova York fechado pelo feriado de Columbus Day nos Estados Unidos, e investidores de olho em potenciais novos estímulos da China. O dólar à vista fechou com queda de 0,58%, a R$ 5,5827. Às 17h19, o contrato futuro para novembro cedia 0,32%, a R$ 5,5980 e com giro de negócios registrado de cerca de US$ 8,32 bilhões. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,34%, a 103,241 pontos.
Os ativos brasileiros melhoraram de performance após a Reuters reportar que o governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios para serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês. Na esteira, o dólar atingiu sua mínima intradia tanto no segmento à vista (a R$ 5,5660) quanto no futuro para novembro (a R$ 5,664), enquanto o Ibovespa renovou máxima e os juros futuros, mínimas.
O futuro presidente do BC a partir de 2025 afirmou, por exemplo, que “diretor do BC não tem que discutir meta de inflação, tem que perseguí-la”. Já a China anunciou, no sábado (12), a emissão de US$ 325 bilhões em títulos especiais ao longo dos próximos três meses. O Goldman Sachs, inclusive, elevou a previsão para PIB da China em 2024 de 4,7% para 4,9%.
Ainda assim, o mercado aponta falta de clareza quanto aos planos de estímulos de Pequim. O ministro de Finanças da China, Lan Foan, afirmou que Pequim está considerando formas adicionais de alavancar a segunda maior economia do mundo, mas não forneceu detalhes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.