Dólar perde força e cai com bom humor internacional; Ibovespa sobe

Câmbio recua para R$ 5,18 com expectativa pela temporada de divulgação de balanços corporativos; Bolsa recupera os 127 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2021 14h07
FERNANDA LUZ/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Mão segura notas de dólar Dólar recua com mercados analisando impactos da inflação nos EUA

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta segunda-feira, 12, com o bom humor internacional pelo início da temporada de divulgação dos balanços corporativos. No cenário doméstico, o clima é pressionado negativamente com as tensões políticas em Brasília. Por volta das 13h55, o dólar registrava queda de 1%, a R$ 5,186. O câmbio abriu o dia com forte alta e chegou a bater a máxima de R$ 5,285. A cotação mínima não passou de R$ 5,184. A moeda norte-americana encerrou na sexta-feira, 9, com queda de 0,30%, a R$ 5,239. Seguindo o otimismo internacional, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com alta de 1,56%, aos 127.426 pontos. O pregão de quinta-feira, 8, — o último da semana passada por causa do feriado de 9 de julho em São Paulo —, encerrou com recuo de 1,25%, aos 125.427 pontos.

Os mercados globais deixam de lado a preocupação com a disseminação da variante Delta do novo coronavírus para focar na divulgação dos balanços corporativos do segundo trimestre. No cenário doméstico, os humores continuam impactados pelas turbulências políticas. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 segue nesta semana com a expectativa de ser prorrogada por mais 90 dias, até outubro. A extensão dos trabalhos alcançou as assinaturas necessárias e depende da leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). No desenrolar das investigações, a Polícia Federal instaurou inquérito nesta segunda-feira para investigar suspeita de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso da compra da vacina Covaxin contra a Covid-19.

Ainda na pauta doméstica, o mercado financeiro voltou a elevar as previsões de inflação, Produto Interno Bruto (PIB), dólar e Selic para 2021. Segundo dados do Boletim Focus, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 6,11%. A taxa de juros, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, foi revista para 6,63%. Para 2022, as estimativas apontam alta de 7%. A perspectiva para o crescimento da economia também foi revisto para cima, passando para 5,26%, enquanto a projeção do câmbio foi alterada com leve alta, a R$ 5,05.

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