Dólar recua com alívio internacional; Ibovespa volta aos 121 mil pontos

Apesar da queda, moeda norte-americana caminha para fechar a semana em alta, interrompendo seis períodos seguidos de valorização do real

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 11h38
Dado Ruvic/Reuters Cédulas de dólar enroladas em frente um fundo vermelho Inflação ao consumidor vai ao maior nível desde dezembro de 1990

Depois de dois dias de tensão pelo possível aumento de juros nos Estados Unidos, os mercados internacionais dão sinais de alívio nesta sexta-feira, 14, impactando positivamente nos principais indicadores do mercado financeiro brasileiro. Por volta das 11h35, o dólar registrava queda de 0,82%, cotado a R$ 5,270 depois de alcançar a máxima de R$ 5,296 e mínima de R$ 5,258. O câmbio fechou na véspera com alta de 0,15%, cotado a R$ 5,313, o segundo dia seguido de avanço. Apesar do respiro nesta sexta-feira, a moeda norte-americana caminha para fechar a semana em alta, quebrando a sequência de seis períodos seguidos de valorização do real. Seguindo o bom humor nas Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, registrava alta de 0,60%, aos 121.435 pontos. O pregão desta quinta-feira, 13, fechou com alta de 0,83%, aos 120.705 pontos.

O Banco Central dos EUA (Fed, em inglês) trouxe calma aos mercados ao afirmar na véspera que o recente repique da inflação é transitório e que não vai mudar a política de estímulos monetários. Mercados em todo o mundo passaram os dois últimos dias receosos por um possível aumento na taxa de juros norte-americanos depois de a inflação bater 4,2% em abril, ante o mesmo mês do ano passado, o maior salto anual desde 2008. A mudança na política monetária poderia refletir no menor crescimento do país após a crise do novo coronavírus e diminuir a injeção de dólares no mercado internacional.

Na pauta doméstica, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve o entendimento de que o ICMS não pode integrar a base de cálculo do PIS/Confins. A decisão foi tomada nesta quinta-feira por 8 votos a 3 e definiu o alcance de uma determinação tomada pela Corte em 2017. Com isso, o governo poderá ter que devolver impostos pagos de maneira indevida a partir do dia 15 de março de 2017, data do julgamento interior, às empresas. Em abril, uma estimativa do governo previu um rombo de R$ 258,3 bilhões caso fosse obrigado a restituir todas as contribuições pagas com o ICMS incidindo sobre o PIS e a Cofins.

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