Dólar sobe a R$ 5,76 com Trump e dúvidas sobre o pacote de corte de gastos no país

Com mínima a R$ 5,7630 e máxima a R$ 5,8164, o dólar à vista terminou o pregão em alta de 0,59%; o contrato de dólar futuro para dezembro movimentou menos de US$ 10 bilhões

  • Por da Redação
  • 11/11/2024 19h15
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CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Dólar O dólar se fortalece em razão de dados fracos de atividade na Europa e desaceleração rápida da inflação na região

O dólar  encerrou a sessão desta segunda-feira (11) em alta firme no mercado doméstico. Com mínima a R$ 5,7630 e máxima a R$ 5,8164, o dólar à vista terminou o pregão em alta de 0,59%, cotado a R$ 5,7695. A liquidez foi reduzida devido ao feriado do Dia do Veterano nos EUA. Já o contrato de dólar futuro para dezembro movimentou menos de US$ 10 bilhões. Ajustes para realização de lucros e uma melhora do apetite ao risco, que levou o Ibovespa a operar no azul, amenizaram as pressões sobre o câmbio na segunda etapa de negócios.

O real sofre tanto com a onda de fortalecimento da moeda americana no exterior, ainda fruto do realinhamento das expectativas para a economia dos EUA com a eleição de Donald Trump, quanto com as dúvidas em torno do anúncio e da magnitude do pacote de corte de gastos em gestação pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente Lula se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o fechamento do mercado, o que levou o dólar futuro para as mínimas. Antes de divulgar o plano, Lula quer apresentá-lo aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O índice DXY, principal termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, em especial euro e ien, voltou a superar a barreira dos 105,500 pontos, com máxima aos 105,705 pontos. Entre as divisas emergentes e de exportadores de commodities, rand sul-africano caiu mais de 2%, ao passo que o peso mexicano amargou desvalorização superior a 1%.

O dólar é impulsionado pela perspectiva de política econômica mais protecionista nos EUA com a ascensão Trump à presidência, o que pode trazer pressões inflacionárias e reduzir o espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve ao longo de 2025. Além da perspectiva de aumento das tensões comerciais com a China caso Trump cumpra a promessa de campanha e adote uma postura mais protecionista, o dólar se fortalece em razão de dados fracos de atividade na Europa e desaceleração rápida da inflação na região, o que deve levar o Banco Central Europeu (BCE) a promover novos cortes na taxa de juros.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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