Dólar sobe com clima de cautela no cenário internacional e alta dos juros; Bolsa cai

Mercados aguardam divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos nesta sexta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2021 13h23
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ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Notas de real e dólar espalhadas em cima de uma bandeira dos Estados Unidos Dólar opera em alta com mercados à espera de dados das inflação dos EUA

Os principais indicadores financeiros brasileiros operam no campo negativo nesta quinta-feira, 9, com o clima de cautela nos mercados globais à espera da divulgação de dados da inflação dos Estados Unidos nesta sexta-feira, 10, e com a escalada dos juros domésticos pelo Banco Central (BC). Por volta das 13h15, o dólar registrava alta de 0,66%, cotado a R$ 5,571. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,578, enquanto a mínima não passou de R$ 5,519. A divisa norte-americana encerrou a véspera com queda de 1,48%, a R$ 5,534. Seguindo o clima negativo nas principais Bolsas internacionais, o Ibovespa, referência da B3, registrava queda de 1,32%, aos 106.671 pontos. O pregão desta quarta-feira, 8, fechou com avanço de 0,50%, aos 108.095 pontos.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulga nesta sexta-feira os dados do Núcleo de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) referentes ao mês de novembro. A expectativa de analistas é pela aceleração do índice, que em outubro acumulou alta de 6,2% na comparação com o mesmo mês em 2020 — o maior registro desde dezembro de 1990. A escalada de um dos principais indicadores da inflação norte-americana deve impactar na decisão do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, na redução de estímulos monetários com o aumento dos juros e a aceleração do corte da compra de títulos públicos. Também na pauta internacional, a agência Fitch Ratings rebaixou a classificação da Evergrande, uma das gigantes do ramo imobiliário da China, para default restrito após a empresa não honrar compromissos financeiros. A mudança reacende o temor pelo colapso da companhia chinesa e os efeitos nos mercados globais.

No noticiário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros para 9,25% ao fazer novo acréscimo de 1,5 ponto percentual na Selic. A decisão já era esperada pelos analistas do mercado, que projetam a manutenção do ritmo de alta até a taxa chegar a 11,25% no primeiro trimestre de 2022. O BC também sinalizou nessa direção e deixou contratado um novo acréscimo da mesma intensidade na reunião agendada para os dias 1º e 2 de fevereiro. Ainda em Brasília, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios foi promulgada parcialmente nesta quarta-feira após acordo entre os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente. O texto, que muda o cálculo da inflação no teto de gastos e autoriza a União postergar o pagamento de dívidas, é essencial para que o governo federal pague o Auxílio Brasil de R$ 400 já a partir deste mês.

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