Dólar sobe com inflação acima do esperado; Bolsa volta aos 130 mil pontos

IPCA de maio avançou 0,83%, o maior registro para o mês em 25 anos; no acumulado de 12 meses, indicador vai a 8,06%

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2021 11h07 - Atualizado em 09/06/2021 16h00
Antara Foto/Hafidz Mubarak/via Reuters Mão segura diversas cédulas de dólar Dólar avança com pressão internacional em meio entraves da guerra no Leste Europeu

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam nesta quarta-feira, 9, com investidores analisando o salto de 0,83% da inflação em maio, acima da média de 0,7% projetada pelos analistas. No acumulado dos 12 meses, o IPCA foi a 8,06%, muito além do teto da meta de 5,25% perseguida pelo Banco Central. No cenário externo, os mercados seguem em compasso de espera pela inflação aos consumidores dos Estados Unidos, que será publicada nesta quinta-feira, 10. Por volta das 13h30, o dólar registrava alta de 0,62%, cotado a R$ 5,066, depois de bater a máxima de R$ 5,072 e a mínima de R$ 5,020. O câmbio encerrou a véspera com queda de 0,04%, a R$ 5,034. O Ibovespa, referência da B3, registrava alta de 0,72%, aos 130.730 pontos. O pregão desta terça-feira, 8, encerrou com queda de 0,76%, aos 129.787 pontos.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir em maio ao registrar alta de 0,83%, ante o avanço de 0,31% em abril, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o maior registro para o mês desde 1996, quando foi a 1,22%. O indicador oficial da inflação brasileira acumulou alta de 8,06% nos últimos 12 meses encerrados em maio. No ano, a inflação acumula alta de 3,22%. No cenário internacional, mercados em todo o mundo aguardam pela inflação aos consumidores dos EUA (CPI, na sigla em inglês) e os seus efeitos na política monetária do país. Em abril, o dado surpreendeu ao avançar 4,2% e levou temor ao investidores pela possível redução dos estímulos empregados para a recuperação da maior economia do globo após o choque do novo coronavírus. Apesar do repique, dirigentes do Banco Central norte-americano (Fed, na sigla em inglês) afirmaram que a alta é temporária e não vai ter efeito na condução dos estímulos.

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