Dólar sobe com prévia da inflação a 10% em setembro e cenário exterior no radar; Bolsa cai

Risco de colapso da chinesa Evergrande e efeitos no mercado voltam a pressionar o humor dos investidores

  • Por Jovem Pan
  • 24/09/2021 11h04 - Atualizado em 24/09/2021 11h08
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cédulas e moedas de dólar sobre uma bandeira dos Estados Unidos Dólar registra alta com retomada do clima de tensão no leste da Europa

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta sexta-feira, 24, com a divulgação que a prévia da inflação bateu a marca de 10% em setembro. No cenário internacional, as atenções se voltam para a China e os impactos econômicos com o possível colapso da empreiteira Evergrande. Por volta das 11h, o dólar registrava avanço de 0,5%, cotado a R$ 5,335. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,353, enquanto a mínima não passou de R$ 5,315. A divisa encerrou a véspera com avanço de 0,1%, a R$ 5,310. O Ibovespa, referência da B3, registrava queda de 0,88%, aos 113.055 pontos. O pregão desta quinta-feira, 23, fechou com alta de 1,6%, aos 114.064 pontos — o terceiro dia seguido com variação positiva.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou aumento de 0,25 ponto percentual no mês de setembro, chegando a 1,14%. O índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o maior desde fevereiro de 2016, quando a taxa foi de 1,42%, e o maior para um mês de setembro desde 1994. No ano, o índice acumula alta de 7,02%, enquanto a soma dos últimos 12 meses foi a 10,05%. Mais uma vez, a prévia da inflação foi puxada pelo encarecimento da gasolina e da energia elétrica. Ainda na pauta doméstica, a comissão especial da Câmara aprovou, na véspera, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa. O texto segue para o Plenário, onde deve passar por dois turnos de votação antes de ser encaminhado ao Senado. Na agenda internacional, o possível calote da gigante chinesa Evergrande e os seus impactos na economia do país e do globo voltaram a pressionar o humor dos mercados. Segundo a mídia local, Pequim avisou aos governantes do país para se prepararem para a queda da empresa, indicando que não vai interferir na situação.

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