Dólar sobe com prévia da inflação e à espera de definição dos juros; Bolsa cai

IPCA-15 vai a 1,2% em outubro, o maior resultado em 26 anos; mercado prevê Selic a 8,75% ao fim deste ano com o aumento das pressões inflacionárias

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2021 12h09 - Atualizado em 26/10/2021 14h36
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EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO Mulher conta notas de dólar no guichê da casa de câmbio Dólar avança e quebra sequência de oito dias de desvalorização ante o real

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta terça-feira, 26, com a alta da prévia da inflação em outubro e com investidores aguardando a divulgação da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira, 27. Por volta das 12h, o dólar registrava alta de 0,34%, a R$ 5,574. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,592, enquanto a mínima não passou de R$ 5,550. A divisa norte-americana encerrou na véspera com queda de 1,27%, cotada a R$ 5,555. Na direção oposta aos principais mercados do mundo, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, operava com recuo de 1,78%, aos 106.776 pontos. O pregão desta segunda-feira, 25, fechou com alta de 2,28%, aos 108.714 pontos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, foi a 1,2% em outubro, acima da alta de 1,14% registrada em setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior resultado para o mês desde 1995, quando o índice chegou a 1,34%, e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%). No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 soma 10,34%, e desde o início do ano, a prévia da inflação acumula alta de 8,3%. O Copom define amanhã a nova taxa de juros, atualmente a 6,25% ao ano. O mercado estima que o colegiado acrescente entre 1,25 e 1,5 ponto percentual em meio ao aumento das pressões inflacionárias geradas pela deterioração das projeções econômicas com a mudança no teto de gastos na semana passada. Dados do Boletim Focus, que reúne a expectativa do mercado para a economia, mostram a elevação da projeção da Selic para 8,75% ao fim deste ano, e 9,5% em 2022.

Ainda na pauta econômica, o mercado de trabalho brasileiro criou 313.902 vagas formais ante demissões em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência. No acumulado de 2021, o país criou 2.512.937 empregos formais. O resultado veio abaixo da expectativa do mercado e mostra a desaceleração na criação de vagas ante os 368.091 postos com carteira assinada criados em agosto. O desempenho, no entanto, mantém a sequência positiva iniciada em janeiro, quando foram geradas 261.197 vagas. O número também está abaixo de setembro do ano passado, quando foram fomentadas 319.151 vagas.

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