Criação de emprego formal perde fôlego e Brasil registra 313 mil novas vagas em setembro

Resultado do mês reflete 1,7 milhão de contratações contra 1,4 milhão de demissões; desempenho veio abaixo dos 368 mil postos com carteira assinada gerados em agosto

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2021 09h52 - Atualizado em 26/10/2021 12h16
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Arquivo/Agência Brasil Pessoa assinando carteira de trabalho Mercado de trabalho segue no campo positivo em meio ao processo de normalização da economia

mercado de trabalho brasileiro criou 313.902 vagas formais ante demissões em setembro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta terça-feira, 26. O saldo é a diferença de 1.780.161 contratações e 1.466.259 demissões. No acumulado de 2021, o país criou 2.512.937 empregos formais, com 14.877.024 admissões e 12.364.087 desligamentos. O resultado mostra a desaceleração na criação de vagas ante os 368.091 postos com carteira assinada criados em agosto. O desempenho, no entanto, mantém a sequência positiva iniciada em janeiro, quando foram geradas 261.197 vagas. O número também está abaixo de setembro do ano passado, quando foram fomentadas 319.151 vagas.

Todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo. O setor de serviços foi o grande destaque, com a geração de 143.418 novos postos de trabalho formais. A indústria vem em segundo lugar, com 76.169 empregos. O comércio registrou 60.809 vagas, enquanto a construção gerou 24.513 vagas, e a agricultura fechou com 9.084 postos. Todas as regiões também tiveram saldo positivo em setembro. O Sudeste liderou com a criação de 139.081 postos, seguido pelo Nordeste, com 90.678 vagas de trabalho. O Sul criou 46.724 vagas, enquanto o Centro-Oeste encerrou o mês com 21.371 postos, e o Norte com 16.122.

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A normalização da economia brasileira em meio ao processo de reabertura dos serviços e retomada da indústria deve impulsionar o aumento das contratações de fim de ano e estimular a queda da taxa de desemprego para menos de dois dígitos nos próximos meses. O aumento da imunização da população brasileira contra o novo coronavírus e a maior mobilidade dos consumidores são apontados como as principais razões para que o número de empregos temporários no último trimestre de 2021 seja melhor que o registrado no mesmo período do ano passado. Além desses fatores, a intensificação dos investimentos produtivos aguardada para 2022 e a manutenção da retomada do setor de serviços — o maior responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) — têm potencial para reforçar a reabilitação do mercado de trabalho. As últimas divulgações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, uma das referências para medir a ocupação no Brasil, já mostram a desaceleração da taxa de desemprego. Após atingir o pico de 14,7% no trimestre encerrado em abril, o índice perdeu força e recuou para 13,7% nos três meses encerrados em julho, totalizando 14,1 milhões de pessoas na fila em busca de um trabalho no país.

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