Dólar sobe e fecha a semana a R$ 5,38 com avanço da pandemia e risco fiscal

Moeda norte-americana acumula queda de 6,1% em novembro, mas no ano registra alta de 34,2%

  • Por Jovem Pan
  • 20/11/2020 18h45 - Atualizado em 20/11/2020 18h45
Agência Brasil Imagem desfocada de duas notas de US$ 100 Dólar recua em meio ao alívio dos investidores com o risco de crise gerada pela empreiteira chinesa Evergrande

O dólar inverteu a tendência de queda dos últimos dias e fechou nesta sexta-feira, 20, com alta de 1,3%, cotado a R$ 5,385. Apesar do avanço, a divisa norte-americana acumulou queda de 1,6% na semana, e desde o começo de novembro, o recuo é de 6,1%. No ano, o dólar já avançou 34,2% ante o real. A moeda ficou instável durante a maior parte do dia, e chegou a bater mínima de R$ 5,287 no início das negociações, enquanto a máxima foi de R$ 5,391. O mercado financeiro foi impactado pelo avanço da pandemia do novo coronavírus na Europa e partes dos Estados Unidos, enquanto no noticiário doméstico a falta de perspectivas ao avanço das pautas econômicas no Congresso geram incertezas aos investidores. O cenário fez a Bolsa de Valores brasileira recuar no último pregão da semana. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou a sexta-feira com recuo de 0,6%, aos 106.042 pontos.

Apesar da divulgação de avanços nos estudos para a descoberta do imunizante contra o novo coronavírus nos últimos dias, o mercado financeiro se mantém apreensivo com prolongação da economia travada pelo fortalecimento da segunda onda de infecções em países europeus e em partes dos Estados Unidos. Autoridades da China e Coreia do Sul também emitiram novos sinais de alerta para o ressurgimento de focos da Covid-19. No noticiário doméstico, investidores continuam atentos ao avanço das pautas enviadas pelo Ministério da Economia ao Congresso, principalmente os textos que criam gatilhos ao teto de gastos e limitam o risco fiscal. O mercado também acompanha os rumos que o governo federal tomará com o crescimento de internações no país. Nesta quinta-feira, 19, o ministro Paulo Guedes afirmou que o Planalto combaterá o surgimento de uma segunda onda nos mesmos moldes do feito até então, mas que o governo não espera o repique generalizado da doença.

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