Japão entra em alerta máximo após aumento de casos de Covid-19
O anúncio foi feito após a nação, que não implementou nenhuma medida obrigatória para conter a pandemia, alcançar um número recorde de infecções diárias por coronavírus
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o país está em alerta máximo para a pandemia de coronavírus. O anúncio foi feito depois que a nação alcançou um número recorde de casos diários de Covid-19: foram mais de 2 mil por todo o Japão, sendo que quase 500 correspondem apenas aos números da capital Tóquio. Apesar do volume parecer pequeno em comparação com o de outros países, ele representam um marco para o governo japonês, que disse que daqui para frente apoiará as regiões que decidirem obrigar o fechamento de comércios mais cedo ou a limitação do número de pessoas em restaurantes. Até agora, as medidas adotadas para conter o avanço do coronavírus não são obrigatórias, e sim apenas recomendações.
Na segunda-feira, 16, o Japão reportou um crescimento de 5% do seu PIB entre julho e setembro. Para Alexandre Uehara, especialista em política asiática, essa melhora se deu pelo fato do governo ter incentivado a população a continuar consumindo dentro do país durante a pandemia. No entanto, Uehara já indicou que a segunda onda de casos de Covid-19 no Hemisfério Norte pode fazer com que essa recuperação econômica não se repita entre outubro e dezembro. O aumento na transmissão do coronavírus no país também chama atenção pela proximidade dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adidos para julho e agosto de 2021. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou no dia 11 que o evento contaria com a presença de torcedores nas arquibancadas. Na terça-feira, 17, ele acrescentou que os atletas participantes não serão obrigados a tomar a futura vacina contra a doença para competir.
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