Dólar tem 3ª alta seguida e fecha em novo recorde de R$ 4,25
O mercado de câmbio teve novo dia de nervosismo nesta quarta-feira (27) e o dólar chegou a ser negociado a R$ 4,27, na máxima do dia. Os ânimos dos investidores só se acalmaram após o Banco Central fazer um novo leilão surpresa de dólar à vista, o terceiro desde ontem.
Após a venda da moeda, em volume não revelado, as cotações da divisa americana se acomodaram na casa dos R$ 4,25. No fechamento, o dólar à vista teve o terceiro dia seguido de valorização e subiu mais 0,44%, a R$ 4,2586, novo recorde do Plano Real.
Com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos amanhã, a expectativa é que o mercado cambial fique mais calmo nesta quinta-feira (28). Hoje, o volume de negócios já foi um pouco menor, ficando em US$ 20 bilhões no mercado futuro, ante US$ 30 bilhões ontem.
Foram indicadores acima do esperado da economia americana divulgados hoje que ajudaram a fortalecer o dólar no mercado financeiro mundial, pressionando o câmbio também aqui no Brasil. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 2,1% no terceiro trimestre, ante expectativa de Wall Street de avanço de 1,9%. As encomendas de bens duráveis subiram 0,6% em outubro, enquanto se esperava queda de 1%.
As ações surpresas do BC, segundo o sócio da Tendências Consultoria Integrada, Gustavo Loyola, ex-presidente da autoridade monetária, vão na linha de evitar volatilidade excessiva da moeda, inclusive quando causada por ruídos, como das declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “A atuação do BC foi correta. Uma estilingada do câmbio provoca transferência de riqueza grande entre agentes econômicos por uma razão banal e gera incertezas. Acaba prejudicando o próprio desempenho da economia”, afirmou.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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