Dólar tem alta e fecha cotado a R$ 5,70 com pressão externa

A divisa norte-americana ganhou força tanto entre pares fortes quanto entre divisas emergentes, com antecipação de uma possível vitória do republicano Donald Trump nas eleições dos EUA

  • Por da Redação
  • 25/10/2024 18h49 - Atualizado em 25/10/2024 18h53
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Rodolfo Buhrer/Estadão Conteúdo O dólar segue acima dos R$ 5,00 A valorização do dólar ante o real foi leve nesta semana, 'praticamente estável'

O dólar à vista fechou a sexta-feira (25), no nível de R$ 5,70 pela primeira vez desde 5 de agosto. A moeda norte-americana ganhou força tanto entre pares fortes quanto entre divisas emergentes devido à antecipação de uma possível vitória do republicano Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. A falta de novidades do governo brasileiro sobre potencial corte de gastos, levando a persistência de ruídos fiscais, a maior cautela sobre cortes de juros do Federal Reserve (Fed, BC norte-americano) e a frustração com as perspectivas de crescimento da China também ficaram no radar.

A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 0,75%, a R$ 5,7051, acumulando ganho de 0,11% na semana e de 4,73% no mês de outubro. Já o índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, teve alta de 0,25% nesta sexta e de 0,79% ante sexta-feira passada, a 104,313 pontos. A valorização do dólar ante o real foi leve nesta semana, “praticamente estável”, enquanto o DXY teve alta mais expressiva.

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No período da tarde, os ativos domésticos chegaram a piorar enquanto o mercado digeria falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a assinatura da revisão do acordo com as empresas envolvidas no desastre de Mariana. Na ocasião, o chefe do Executivo voltou a afirmar que investimentos na área social não devem ser vistos como despesas, além de mencionar que o novo acordo sobre Mariana deve ficar como lição para que as mineradoras revejam as consequências da “ganância por lucro”.

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comentou que os recursos previstos no novo acordo de Mariana não estão sujeitos à “camisa de força” das regras fiscais. Pela manhã, o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, mencionou a incerteza sobre a política fiscal futura como um dos pontos que explicam a desancoragem das expectativas de inflação.

*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo

Publicado por Carol Santos

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