Dólar tem maior alta desde abril de 2023 e Bolsa brasileira recua após incertezas sobre juros nos EUA

Divisa americana fechou em alta de 1,97% nesta quinta-feira (22), cotado a R$ 5,589; Ibovespa interrompeu uma sequência de três altas consecutivas e caiu 0,95%

  • Por da Redação
  • 22/08/2024 18h10
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REUTERS/Dado Ruvic cédulas de dólar Dólar recua com investidores analisando aproximação do pico inflacionário nos EUA

O dólar fechou em alta de 1,97% nesta quinta-feira (22), cotado a R$ 5,589, impulsionado pela expectativa de uma possível desaceleração econômica nos Estados Unidos e incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed). Esse foi o maior avanço diário da moeda americana desde abril de 2023, quando subiu 2,21%. O aumento da cotação da divisa americana reflete o cenário externo, onde os investidores demonstram aversão ao risco devido a indicadores econômicos que sugerem um enfraquecimento gradual da economia americana. A iminente fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, aumenta a cautela no mercado. A expectativa é que Powell indique os planos do banco central dos EUA para a próxima reunião, em setembro, com uma possível sinalização de cortes mais graduais nas taxas de juros.

Paralelamente, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,4%, com destaque para a queda de moedas como o iene, o euro e a libra. Entre as moedas emergentes, o real foi uma das mais impactadas, com a moeda dos EUA avançando também contra o peso mexicano e o rand sul-africano. A valorização do dólar também afetou a Bolsa de Valores brasileira, que interrompeu uma sequência de três altas consecutivas e caiu 0,95%, fechando aos 135.173 pontos. A queda foi impulsionada pela realização de lucros, após o Ibovespa ter atingido recordes históricos nos pregões anteriores.

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No cenário interno, os recentes discursos de membros do Banco Central, como o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, têm gerado incertezas adicionais. Galípolo reafirmou que o Banco Central está preparado para elevar a taxa Selic se necessário, mas sua postura mais dura em relação à inflação, contrastando com falas anteriores do presidente do BC, Roberto Campos Neto, provocou desconfiança no mercado. Isso contribuiu para a alta do dólar, à medida que os investidores ajustam suas expectativas quanto à política monetária brasileira. O mercado agora aguarda a conclusão do simpósio de Jackson Hole e os próximos passos do Fed, que terão impacto direto nas decisões do Banco Central do Brasil e nos movimentos futuros do dólar e da Bolsa no país.

Publicado por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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