Dólar vai a R$ 5,24 com risco político e BC dos EUA; Ibovespa sobe

Câmbio avança 0,6% e volta a fechar no maior valor em mais de um mês; Bolsa brasileira recupera os 127 mil pontos

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2021 18h58 - Atualizado em 07/07/2021 19h21
Gary Cameron/Reuters Cédula de dólar Dólar abriu sexta-feira em queda, mas inverteu o sinal após inflação acima do esperado

O dólar e a Bolsa de Valores brasileira fecharam em alta nesta quarta-feira, 7, com investidores analisando o risco político doméstico e o posicionamento do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, em manter os estímulos monetários. O dólar fechou com alta de 0,6%, a R$ 5,240 — a maior cotação desde o fim de maio. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,281, enquanto a mínima não passou de R$ 5,171. A divisa encerrou na véspera com alta de 2,79%, a R$ 5,209. O Ibovespa, referência da B3, fechou com forte alta de 1,54%, aos 127.018 pontos. O pregão da véspera encerrou com queda de 1,44%, aos 125.094 pontos.

O clima político voltou a se deteriorar com os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Senadores ouviram nesta quarta-feira o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Ele é acusado pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti de cobrar US$ 1 de propina por dose da vacina da AstraZeneca, em uma negociação que seria intermediada pela Davati Medical Supply. O ex-servidor negou todas as acusações. Após uma série de embates, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) pediu a prisão de Dias e o depoente deixou a sessão escoltado pela polícia do Senado. Ainda na pauta doméstica, as vendas no varejo cresceram 1,4% em maio, no segundo mês seguido de resultados positivos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho deixa a atividade 3,9% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Na comparação com maio do ano passado, o avanço é de 16%.

No cenário internacional, membros do Fed concordaram em manter a política de estímulos financeiros em meio ao processo de recuperação da economia norte-americana. Segundo a ata da última reunião, o nível de retomada ainda não é o suficiente para afrouxar a compra de US$ 120 bilhões de títulos públicos por mês ou alterar a taxa de juros do atual patamar mínimo. O colegiado afirmou que deve continuar acompanhando o ritmo de crescimento nos próximos meses para voltar a avaliar a necessidade de ajustes na política de estímulos.

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