Dólar vai a R$ 5,28 com risco político e cenário internacional; Ibovespa sobe

Mercados em todo o mundo aguardam pela sinalização do Federal Reserve sobre os rumos da política monetária nos EUA; CPI da Covid-19 pressiona humor doméstico

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2021 12h31
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cédulas e moedas de dólar sobre uma bandeira dos Estados Unidos Dólar registra alta com retomada do clima de tensão no leste da Europa

O dólar e a Bolsa de Valores brasileira operam em alta nesta quarta-feira, 7, com as turbulências políticas em Brasília e mercados globais à espera da sinalização que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, vai dar sobre os rumos da política monetária. Depois de operar a maior parte da manhã em baixa, o dólar inverteu o sinal e por volta das 12h25 registrava avanço de 1,18%, a R$ 5,271. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,281, enquanto a mínima não passou de R$ 5,171. A divisa fechou a véspera com alta de 2,79%, a R$ 5,209, na maior cotação desde o fim de maio. O Ibovespa, referência da B3, operava com alta de 0,81%, aos 126.112 pontos. O pregão da véspera encerrou com queda de 1,44%, aos 125.094 pontos.

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve nesta quarta-feira o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Ele é acusado pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti de cobrar US$ 1 de propina por dose da vacina da AstraZeneca, em uma negociação que seria intermediada pela Davati Medical Supply. O pedido da vantagem indevida teria acontecido em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, em Brasília (DF), no dia 25 de fevereiro. Dias confirma o encontro mas nega as acusações. Apesar disso, ele foi exonerado no dia 29 de junho. Ainda na pauta doméstica, as vendas no varejo cresceram 1,4% em maio, no segundo mês seguido de resultados positivos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho deixa a atividade 3,9% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Na comparação com maio do ano passado, o avanço é de 16%.

No cenário internacional, o Fed divulga nesta tarde a ata do encontro realizado no mês passado para discutir a condução da política monetária norte-americana. Investidores temem que os recentes resultados indicando a recuperação da economia, como a geração de empregos em junho acima do esperado, e os dois avanços seguidos da inflação nos últimos meses, levem ao corte de estímulos antes de 2023. Atualmente, o Fed mantém a compra de US$ 120 bilhões por mês de títulos públicos e segura a taxa de juros em valores mínimos para dar tração ao processo de retomada da economia após o choque da crise sanitária.

 

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