Dólar vai a R$ 5,61 com nova variante da Covid e PEC dos Precatórios; Bolsa sobe

Mercados globais ensaiam recuperação com investidores analisando efeitos da Ômicron na retomada da economia mundial

  • Por Jovem Pan
  • 29/11/2021 18h17
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Antara Foto/Hafidz Mubarak/via Reuters Mão segura diversas cédulas de dólar Dólar avança com pressão internacional em meio entraves da guerra no Leste Europeu

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro fecharam em alta nesta segunda-feira, 29, em meio ao temor pela nova variante da Covid-19 Ômicron detectada em diversos países e com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no radar. O dólar encerrou o dia com alta de 0,25%, cotado a R$ 5,610 – o maior valor desde o início de novembro. O câmbio chegou a bater a máxima de R$ 5,640, enquanto a mínima não passou de R$ 5,580. Seguindo o tom de recuperação das maiores Bolsas globais, o Ibovespa, referência da B3, encerrou o dia com alta de 0,58%, aos 102.814 pontos.

Os principais mercados do mundo ensaiaram uma recuperação neste início de semana com investidores analisando os efeitos da disseminação da nova variante da Covid-19 na retomada da economia global. Batizada de Ômicron, a mutação levou à volta de restrições de voos originários da região sul da África por diversos países, inclusive o Brasil. Estudos preliminares sugerem que ela seja mais transmissível, mas ainda não há comprovação se o novo tipo é mais nocivo. Até o momento, nenhuma morte pela variante Ômicron foi confirmada. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta tarde que o Brasil está preparado para combater uma possível nova onda de Covid-19, e que o momento não é para “desespero”.

No cenário político, o mercado aguarda pela votação da PEC dos Precatórios no Senado. O texto, que abre mais de R$ 106 bilhões no Orçamento de 2022, deve ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira, 30. Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que, caso passe pelo colegiado, a medida deve ir ao Plenário até quinta-feira, 2. Anteriormente, a expectativa era pelo fim do assunto na Casa ainda na terça ou na quarta-feira, 1º. A medida, que autoriza o governo adiar o pagamento de dívidas e altera o prazo para a soma da inflação no teto de gastos, é fundamental para o governo federal pagar o Auxílio Brasil de R$ 400 até dezembro de 2022. Ao apresentar o superávit de R$ 28 bilhões do governo em outubro nesta segunda-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou que a equipe econômica não conta com um “plano b” para arcar com as despesas do novo programa social.

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