Dólar vai a R$ 5,66 com temor de nova variante da Covid-19; Bolsa cai 3%

Mercados em todo o mundo operam pressionados por possível volta de restrições

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2021 11h29 - Atualizado em 26/11/2021 11h30
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ITACI BATISTA/ESTADÃO CONTEÚDO Cédulas de dólar e real espalhadas Dólar recua após Campos Neto comentar sobre inflação acima do esperado em março

Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo negativo nesta sexta-feira, 26, acompanhando o temor global pela disseminação de uma nova variante da Covid-19 na região sul da África. Por volta das 11h25, o dólar avançava 0,54%, cotado a R$ 5,595. A divisa chegou a bater a máxima de R$ 5,663, enquanto a mínima não passou de R$ 5,581. O câmbio fechou a véspera com recuo de 0,53%, a R$ 5,565. Seguindo o movimento de queda nas principais Bolsas do mundo, o Ibovespa, referência da B3, despencava 3%, aos 102.571 pontos. O pregão desta quinta-feira, 25, encerrou com alta de 1,16%, aos 105.728 pontos.

Os mercados operam pressionados pelo temor da volta de medidas de restrições com a disseminação de uma nova variante da Covid-19 na região sul da África. Nesta quina-feira, o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul divulgou a descoberta de uma nova variação do coronavírus com um número “incomum” de mutações. Há o receio de o novo tipo ser mais transmissível e agressivo do que as variantes já disseminadas. A suspeita do governo sulafricano é de que a variante seja responsável por pelo menos 22 casos da doença no país até o momento. Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fará uma reunião de emergência para tratar do assunto.

A nova variante já foi detectada em Israel e na Bélgica. Países da Europa, como Reino Unido, Itália e Alemanha, já adotaram medidas para restringir voos da região. Nesta manhã, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota recomendando que o governo brasileiro também aplicasse medidas de restrição a voos vindos da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. O documento sugere a suspensão imediata de todos os voos vindos dos países, a suspensão temporária da autorização do desembarque de estrangeiros que passaram por algum desses países nos últimos 14 dias e a realização de quarentena para os brasileiros que tenham passado pelos locais. A agência ressaltou, porém, que a efetivação das medidas aconselhadas só deve entrar em prática no país se uma portaria interministerial for emitida em conjunto pela Casa Civil, Ministério da Saúde, Ministério da Infraestrutura e Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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