Dólar vai cair quando o Brasil conseguir atrair novamente investidores internacionais, diz Guedes

Moeda norte-americana acumula valorização de 36% neste ano; câmbio alto e juros no patamar mais baixo da historia favorecem exportações, afirma ministro

  • Por Gabriel Bosa
  • 13/11/2020 14h15 - Atualizado em 13/11/2020 14h15
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Edu Andrade/Ascom/ME Ministro usou agronegócio como exemplo de transformação gerada pelos investidores internacionais

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 13, que o dólar vai cair quando o Brasil conseguir atrair novamente os investidores internacionais. “Quando houver o sucesso para atrair os investimentos externos, quando finalmente os investimentos externos entrarem para nos ajudarem na construção da infraestrutura, das concessões, das privatizações, aí o câmbio desce”, afirmou o chefe da equipe econômica durante a 39ª Edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovida pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). A divisa norte-americana acumula valorização de 36% neste ano, passando de R$ 4,01 em 31 de dezembro de 2019, para R$ 5,47 nesta quinta-feira, 12. O ministro citou o interesse dos chineses agronegócio brasileiro como exemplo destes investimentos. “De cada US$ 100 importados pela China, US$ 4 vem do Brasil. Eles querem matéria prima e recursos naturais para industrializarem lá. Se quebrar o custo Brasil, vamos industrializar aqui. É o que já ocorre no agronegócio, que se transformou em agroindústria. Vamos exportar comida processada, ao invés de matéria bruta.”

O dólar teve uma nova arrancada nesta semana e flutua nesta sexta ao redor de R$ 5,50, após chegar ao piso de R$ 5,22 na segunda-feira, 9. Para o “posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro (sem partido), a moeda valorizada, aliada a taxa de juros a 2% ao ano — a mais baixa da história —, contribuem para o fortalecimento das exportações, e que o Brasil está batendo recorde no superávit no comércio internacional. ” As exportações continuam num ritmo forte. Particularmente com a Ásia, que é o novo eixo de crescimento global, o Brasil está com superávit de US$ 40 bilhões. Tirando a China e o Japão, que são as maiores economias, nosso superávit é de US$ 20 bilhões, mais do que os Estados Unidos e o México somados”, afirmou.

 

 

 

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