Em 5ª alta seguida, prévia do PIB sobe 9,5% no trimestre e indica fim da recessão

Dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira apontam avanço de 1,3% em setembro e recuo de 5% no ano

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2020 09h17 - Atualizado em 13/11/2020 10h08
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Tony Winston/Agência Brasília

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cresceu 1,29% em setembro, na comparação com agosto na série livre de influências sazonais, divulgou a autoridade monetária nacional nesta sexta-feira, 13. O resultado representa a 5ª alta consecutiva do indicativo, que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em agosto, o índice registrou alta de 1,06%. Na comparação com setembro de 2019, o IBC-Br registra queda de 0,77%, e nos últimos 12 meses, de 3,32%. No trimestre encerrado em setembro, o índice avançou 9,47%, também na série dessazonalizada. No paralelo no terceiro trimestre de 2019, a queda é de 3%. Desde janeiro, o índice acumula queda de 4,93%. O avanço consecutivo indica a retomada do crescimento da atividade econômica brasileira, após quedas históricas registradas em março e abril por causa pela pandemia do novo coronavírus.

O IBC-Br é visto pelos analistas como um antecedente do PIB, mesmo que a metodologia usada pelo Banco Central seja diferente da empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgação da atividade econômica nacional a cada três meses. Enquanto a análise do BC leva em consideração variáveis dos setores de serviço, indústria e agronegócio, o resultado do IBGE é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Os bons índices consolidam a recuperação da economia brasileira no trimestre encerrado em setembro, ante as quedas históricas registradas nos primeiros seis meses do ano diante das medidas de isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus. Com base nos avanços consecutivos em setores fundamentais para a economia brasileira, como o varejo e os serviços, analistas apontam para a alta de 9% do PIB nos três meses encerrados em setembro, retirando o Brasil da recessão.

O governo federal mantém previsão de queda de 4,7% do PIB neste ano, e avanço de 3,2% em 2021. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, estima que a soma das riquezas produzidas pelo país terá tombo de 4%, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estima recuo de 4,5%. As expectativas são mais otimistas que a esperada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê retração de 5,8% da economia brasileira em 2020, ante recuperação de 2,8% no ano que vem. Economistas consultados pelo Banco Central estimam que o PIB recue 4,81% em 2020, e reaja com avanço de 3,31% no próximo ano, segundo boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 9.

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