Em carta à OCDE, Bolsonaro cita respeito à liberdade individual e compromissos ambientais

Presidente afirmou que país está pronto para iniciar o processo de adesão; entidade oficializou convite nesta terça-feira

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2022 13h35 - Atualizado em 26/01/2022 14h31
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ANTONIO MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Jair Bolsonaro sem máscara em evento Presidente encaminhou carta após oficialização de convite da OCDE

Em resposta ao convite da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para incluir o Brasil no processo inicial de adesão, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o país está pronto para entrar na entidade. Segundo a carta a que a Jovem Pan teve acesso, Bolsonaro ressaltou a história brasileira de respeito à “valores fundamentais, como a preservação da liberdade individual, o valor da democracia, o estado de Direito e a defesa dos direitos humanos”. “Sem qualquer excitação,  posso garantir que o Brasil está pronto para iniciar o processo de adesão à OCDE, conforme requisitado em abril de 2017”, escreveu o mandatário ao secretário-geral da entidade, Mathias Cormann.

O presidente também ressaltou o compromisso do país com a pauta ambiental e destacou a participação do Brasil no Acordo de Paris e da COP26, realizada em Glasgow, no ano passado. “Neste contexto, o Brasil está comprometido em adotar e implementar de forma integral políticas públicas de acordo com as metas climáticas, tomando ações efetivas”, escreveu Bolsonaro. A pauta ambiental é apontada por analistas como um dos principais entraves do Brasil à adesão do “clube dos países ricos”, principalmente com a resistência de países europeus.

No documento, Bolsonaro também afirma que o Brasil já adotou 103 dos 253 termos exigidos pela OCDE. A entrada do Brasil na entidade voltou a ser discutida durante o governo de Michel Temer (MDB), e se tornou uma das principais bandeiras da equipe econômica liderada por Paulo Guedes. O convite formal para que o país iniciasse as discussões de adesão foi encaminhado ao governo federal nesta terça-feira, 25. Não há prazo definido para a decisão, mas a entidade estima que a resposta não deve ser divulgada antes de 2025. Também foram convidados os governos de Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia.

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