Em recado ao Congresso, Guedes diz que acordos políticos têm que caber no orçamento

Ministro também critica retirada de cláusulas da PEC Emergencial e reitera importância da ‘interação mais frequente’ entre equipe econômica e parlamentares

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2021 12h51 - Atualizado em 30/03/2021 15h15
Fabio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil - 12/03/2021 Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com o dedo apontando para o lado direito Paulo Guedes é o atual ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro

Em recado ao Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, apelou nesta segunda-feira, 30, para que os “acordos e escolhas políticas” caibam dentro do orçamento e respeitem as regras de responsabilidade fiscal. “Esse é meu pedido agora para que esses entendimentos políticos caibam no orçamento público para que a gente cumpra esse duplo compromisso com a saúde dos brasileiros e com as responsabilidades orçamentárias.” A declaração foi dada durante a apresentação da equipe econômica sobre a criação de 401 mil empregos formais em fevereiro, o melhor registro do mês em 29 anos.

O ministro também ressaltou a importância da “interação mais frequente” com os parlamentares e disse que o Brasil vive atualmente em uma “cauda feroz” da pandemia do novo coronavírus. “Temos espaço para atuar, desde que diretamente para a Covid, desde que diretamente para a saúde ou para atenuar os impactos sociais trazidos pela pandemia.” Guedes também mostrou descontentamento com a desidratação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que abriu espaço nas contas públicas para a reedição do auxílio emergencial com valor de R$ 44 bilhões. Segundo o ministro, o texto encaminhado para o governo detalhava protocolos para combate a futuras pandemias a partir do início de 2022 com maior flexibilização dos gastos. “Tínhamos essa cláusula na PEC abrindo espaço para esses gastos excepcionais, limitados e definidos”, afirmou o ministro.

Guedes também voltou a falar sobre a reedição de medidas para a preservação de empregos. O ministrou afirmou novamente que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que permitiu em 2020 a suspensão de contratos de trabalho e redução de carga horária e salários, será transformado em um seguro-emprego com a distribuição de R$ 500 para cada trabalhador por 11 meses. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas (Pronampe) também deve ter uma nova versão em 2021. Apesar das promessas, a equipe econômica afirma que ainda não há previsão para a volta das medidas.

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