Enchentes no RS causam queda de 25,3% na arrecadação de ICMS
De acordo com um boletim divulgado pela Receita Estadual, a arrecadação prevista era de R$ 6,64 bilhões, porém o valor efetivamente registrado foi de R$ 4,96 bilhões, resultando em um déficit de R$ 1,68 bilhão
A arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) no Rio Grande do Sul sofreu uma queda de 25,3% em decorrência das enchentes históricas que assolaram o Estado. De acordo com um boletim divulgado pela Receita Estadual, a arrecadação prevista era de R$ 6,64 bilhões, porém o valor efetivamente registrado foi de R$ 4,96 bilhões, resultando em um déficit de R$ 1,68 bilhão. O boletim também destaca a variação dos preços médios de alimentos após as enchentes. Entre os 38 produtos analisados, a batata-inglesa foi a que teve o maior aumento, com um acréscimo de 55,8% no valor médio do quilo, que saltou de R$ 5,94 para R$ 9,25. A produção de outros produtos também foi afetada. Tomate (47,8%), repolho (25,1%), leite (21,7%), vinho (17,4%), sal (16,5%), queijo (13,8%) e arroz branco (13,2%) vieram na sequência.
Já a bergamota (ou tangerina) teve a maior redução de preço no período analisado: -27,1%. O valor médio do quilo diminuiu de R$ 5,47 para R$ 3,99. A catástrofe climática destruiu plantações e causou danos em infraestruturas, prejudicando a logística de escoamento da produção. Além disso, o boletim aponta uma queda de 5,2% no volume de vendas da indústria gaúcha em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os setores mais afetados foram insumos agropecuários, metalmecânico e agroindústria, enquanto papel, móveis e bebidas apresentaram as maiores altas.
O governo estadual afirma que todos os segmentos analisados estão mostrando sinais de recuperação após o período mais crítico da crise climática. No entanto, o Rio Grande do Sul voltou a enfrentar chuvas intensas no último final de semana, o que resultou no aumento do nível de diversos rios e em novos alagamentos em cidades do interior. Centenas de moradores tiveram que deixar suas casas e buscar abrigo novamente. A situação demonstra a fragilidade da região diante de eventos climáticos extremos e a necessidade de medidas preventivas e de adaptação.
Publicado por Carolina Ferreira
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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