Novas metas fiscais vão bagunçar ainda mais as contas, diz economista

Analistas acreditam que o Brasil deve sair do buraco apenas em 2023

Na última terça-feira (15), os ministérios da Fazenda e do Planejamento confirmaram a ampliação do déficit de R$ 159 bilhões na meta fiscal de 2017 e 2018. Com dificuldade de obtenção de receitas, o governo estuda a adesão de um pacote de medidas para reduzir o rombo nos cofres públicos e melhorar a arrecadação.

Mesmo com o desequilíbrio fiscal, o mercado financeiro tem reagido bem em meio ao ambiente de incertezas. Na quinta-feira (17), o governo anunciou que houve alta de 0,25% no PIB (Produto Interno Bruto) do 2ª trimestre de 2017. A expectativa é fechar o ano com crescimento de 0,5% em relação ao 2016.

Em participação no programa Economia em Foco desta sexta-feira (18), Denise Campos de Toledo recebeu o professor de economia da Faap, Odilon Guedes e Fabio Klein, analista da Tendências Consultoria. Guedes criticou a forma de contenção de gastos do governo, principalmente por conta da liberação de mais de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares. Já Klein acredita que a crise deve perdurar até 2023 e com a volta da inflação.