Estável, dólar fecha cotado a R$ 5,58 devido à alta de 3% do petróleo

Câmbio seguiu perto de R$ 5,60 nesta quinta-feira (10), pressionado pela possibilidade de manutenção de juros pelo Federal Reserve em novembro

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2024 19h06
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Ededchechine/Freepik dólar - close Moeda acumulou alta semanal de 2,32%, enquanto o contrato para novembro registrava queda de 0,21%, a R$ 5,5965

O dólar à vista fechou estável (0,00%), cotado a R$ 5,5870, nesta quinta-feira (10). A moeda acumulou alta semanal de 2,32%. Às 17h27, o contrato para novembro registrava queda de 0,21%, a R$ 5,5965. Do lado de apoio para o real, houve a valorização de 3% do petróleo e um movimento técnico de realização, considerando que a divisa norte-americana havia subido nos últimos três pregões.

Contudo, o câmbio seguiu perto de R$ 5,60, pressionado pela possibilidade de manutenção de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em novembro após o presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, afirmar que está aberto à essa possibilidade, em dia de dados macroeconômicos divergentes nos EUA, e por persistentes ruídos em relação ao quadro fiscal brasileiro. O DXY, que mede o dólar contra seis rivais fortes, fechou em leve queda de 0,07%, aos 102,855 pontos.

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Operadores destacam que a maioria das principais moedas de emergentes e exportadores de commodities conseguiram ter leve apreciação frente ao dólar nesta quinta-feira, devido à recuperação das matérias-primas. O petróleo, por exemplo, fechou em alta de 3,68% (Brent) e 3,56% (WTI), com notícias de que Israel decidirá ainda nesta quinta sobre um ataque ao Irã e que os presidentes iraniano e da Rússia devem se reunir para discutir, entre outros assuntos, o conflito na região.

O câmbio segue em patamar elevado pela incerteza sobre a trajetória de política monetária do Fed. Nos EUA, os dados do mercado de trabalho vieram piores do que as previsões, enquanto a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cheia e seu núcleo ficaram acima do esperado por analistas em setembro, sugerindo potencial corte de juros de 25 pontos-base no país em novembro.

No âmbito local, segue o mal-estar fiscal. Na quarta-feira, entrou nos holofotes a possibilidade de que o Ministério da Fazenda crie um imposto mínimo para pessoas físicas com renda acima de R$ 1 milhão, como contrapartida para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Lula.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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