Gigantes do varejo pressionam governo por programa de emprego e citam ‘demissões em massa’

Entidade que reúne Magazine Luiza, Lojas Americanas, C&A, entre outras, criticam lentidão para lançamento de nova rodada do benefício emergencial

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2021 15h38 - Atualizado em 23/03/2021 16h18
ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Gigantes varejistas afirmam falam em demissões em massa caso governo não reedite novo programa de auxílio Gigantes varejistas falam em demissões em massa caso governo não reedite novo programa de auxílio

Gigantes do varejo pressionam o governo federal para a reedição da medida provisória que permite a redução de jornada de trabalho e salário e citam a “possibilidade iminente de demissões em massa” por conta do fechamento de lojas em todo o país. Em reunião realizada nesta semana, associados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo, que conta com aproximadamente 70 grandes marcas, entre elas a Avon, Carrefour, C&A, Lojas Americanas, Magazine Luiza e Polishop, criticaram a lentidão do governo em lançar uma nova versão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm), editado no ano passado e que complementava a renda dos trabalhadores que tiveram as jornadas de trabalho e salário reduzidos. “A despeito de todo o empenho da equipe técnica do Ministério da Economia, a Medida Provisória precisa ser publicada com urgência para evitar medidas extremas, como demissões no varejo, agravando ainda mais a crise de empregos no país”, afirmou Marcelo Silva, presidente da entidade.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma apontar o BEm como um das iniciativas mais bem sucedidas para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira. Dados da equipe econômica apontam que 20 milhões de contratos para a redução da jornada de trabalho e salário foram firmados em duas rodadas do programa no ano passado, preservando aproximadamente 11 milhões trabalhadores. Segundo o ministro, uma nova versão do benefício já está sendo negociada com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com líderes do Congresso. O novo programa, chamado de seguro-emprego, visa o pagamento de R$ 500 para os trabalhadores. “Em vez de esperar alguém ser demitido e dar R$ 1 mil, vamos evitar a demissão pagando R$ 500 antes. Um seguro-emprego. Em vez de uma cobertura de quatro, cinco meses, como é hoje no seguro-desemprego, vamos fazer uma cobertura de 11 meses, 12 meses pela metade do custo”, disse o ministro, sem detalhar quando a medida deve ser lançada.

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